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Crescem ações por atraso de aluguel

Inadimplência foi o principal motivo das ações relativas a contratos de locação (Foto: Agência Estado)

O número de proprietários que recorreram à Justiça para receber os aluguéis atrasados, que pode resultar no despejo do inquilino do imóvel, aumentou 48,08% na capital paulista. O crescimento apontado pelo Sindicato da Habitação (Secovi) é referente à comparação de fevereiro de 2010, quando foram contabilizados 1.543 casos, e o mesmo período do ano passado, quando foram ajuizadas 1.042 ações por falta de pagamento.

Para o diretor de Legislação do Inquilinato do Secovi, Jaques Bushatsky, não foi registrado um fato específico que explique a grande diferença no período. No entanto, uma das causas apontadas é a simples desorganização dos locatários em relação aos gastos e compromissos.

No início do ano aumentam as despesas familiares, como matrícula escolar, compra de material, pagamentos de IPTU e IPVA, parcelamento das dívidas do cartão de crédito provenientes das compras de final de ano, o que influencia no aumento da inadimplência e consequentemente no número de ações por falta de pagamento do aluguel.

Em fevereiro, a inadimplência foi o principal motivo das ações relativas a contratos de locação, representando 85,77% do total. Para evitar ser alvo de ações judiciais, o educador financeiro Reinaldo Domingos defende o planejamento. “A inadimplência é consequência de ações que não foram tomadas preventivamente. A pessoa aluga um imóvel que não condiz com o seu padrão de vida.”

O problema de inadimplência do aluguel acaba refletindo no fiador, que muitas vezes também não consegue arcar com os valores atrasados. Uma medida sugerida por Domingos para evitar ações e o despejo é o seguro-fiança, que elimina a figura do fiador e dá cobertura para os aluguéis atrasados, bem como o ressarcimento de danos ao imóvel, por exemplo. “Muitas pessoas são movidas por dois fatores: o marketing publicitário e o crédito fácil. Estão em uma zona de conflito constante, fazendo dívidas sem conseguir arcar com os compromissos.”

DICAS:
Registrar todos os gastos
Reduzir gastos em excesso e eliminar gastos supérfluos
Discutir em família as despesas
Estabelecer prioridades e objetivos
Montar seu primeiro orçamento financeiro com ganhos, objetivos e despesas

LEIA MAIS:

OFERTA DE IMÓVEIS PARA ALUGAR NÃO CRESCE COM A NOVA LEI DO INQUILINATO

AS PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE AS MUDANÇAS NA LEI DO INQUILINATO

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Redação ZAP

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