Busca por imóveis aquece durante período mais crítico da pandemia
O interesse dos brasileiros em procurar um lugar para morar cresceu após mais de um ano do início da pandemia, de acordo com a 4ª rodada da “Pesquisa da Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário Brasileiro”, realizada pelo DataZAP, braço de inteligência imobiliária de ZAP+. Os dados mostram que 4 em cada 10 brasileiros aumentaram a busca por imóveis. No mesmo período de 2020, essa proporção era de 4 em 100.
Quando questionados sobre como andava a procura por um imóvel desde o início da pandemia do Coronavírus no Brasil, o número de entrevistados que respondeu “Aumentou muito” cresceu 17 pontos percentuais. Por outro lado, a resposta “Diminui muito” caiu 47 pontos percentuais.
Por que aumentou a busca por imóveis?
Para Danilo Igliori, economista do DataZAP, juros baixos e disponibilidade de crédito imobiliário foram decisivos para estimular a busca por imóveis. “Os resultados sinalizam que a moradia ganhou um novo significado. Ao passar mais tempo em suas casas, inclusive com a adoção do home office, os consumidores passaram a ter novas preferências e desejos por residências com características diferentes”, explica o economista.
A pesquisa também mostrou que as pessoas estão aderindo ao isolamento social, como pontuou Danilo. Ficar em casa e sair só quando muito necessário tem sido a rotina de 53% dos brasileiros. Um crescimento de 10 pontos percentuais quando comparados com 2020. Já 3% estão vivendo normalmente sem alterações no dia a dia. O número representa uma queda de 10 pontos percentuais quando comparado com o ano passado.
Sobre a pesquisa
A 4ª onda da pesquisa do DataZAP foi realizada entre os dias 15 e 22 de março de 2021, logo após o agravamento da pandemia. E contou com respostas de 2.224 usuários dos portais ZAP Imóveis e Viva Real residentes das regiões metropolitanas do Brasil. A margem de erro é de 2 p.p. considerando nível de confiança de 95%.
O mesmo levantamento tinha sido realizado anteriormente em três momentos, permitindo a comparação dos resultados: entre 24 a 29 de março de 2020 (1ª onda), de 27 de abril a 05 de maio de 2020 (2ª onda), e de 29 de maio a 7 de junho de 2020 (3ª onda).
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