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Reuniões de condomínio não te agradam? Participar ativamente pode ser solução

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Se uma pesquisa de público sobre os principais pontos negativos de viver em um condomínio fosse feita, assembleias e reuniões de condôminos certamente figurariam entre as respostas mais recorrentes.

É comum encontrar pessoas que contam experiências ruins envolvendo reuniões e mais comum ainda quem já presenciou ou esteve envolvido em brigas e confusões no momento que deveria ser usado para uma discussão civilizada sobre o futuro do condomínio.

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Brigas e desentendimentos são comuns em reuniões de condôminos (Foto: Shutterstock)

Tudo isso acaba por provocar uma grande desmotivação nos moradores, que, mesmo sabendo se tratar de uma reunião cujas atas podem afetar de forma considerável suas experiências de moradia, se recusam a comparecer.

Já os mais corajosos, quando vão às reuniões, não sabem ao certo como agir, o que observar e com quem dialogar, o que, por sua vez, contribui para que brigas e más experiências aconteçam.

Leandro Santos, CEO da Equalipro, empresa de consultoria em segurança e gestão condominial, acredita que os problemas de desinteresse dos condôminos funcionam como um ciclo vicioso: “A baixa participação não motiva novos condôminos, que pensam não haver nada de interessante nas reuniões, deixando o quorum muito baixo para que decisões sejam tomadas pensando na maioria. É um problema que existe na raiz”, afirma.

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A baixa participação desmotiva novos condôminos a comparecerem nas reuniões (Foto: Shutterstock)

A raiz, ainda segundo Santos, seria o planejamento da reunião, algo que deve ser feito com antecedência e seriedade, levando em conta os problemas e questões a serem resolvidas no condomínio.

“É importante que a pauta seja elaborada antes, em um trabalho de cooperação entre os membros da mesa mediadora. Precisa ser uma pauta objetiva, que preze pela otimização de tempo. Desse modo, os condôminos se sentem motivados a comparecer nas reuniões futuras”, diz.

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É importante que a pauta das reuniões seja elaborada em conjunto pelos mediadores (Foto: Shutterstock)

Morosidade

A morosidade dos processos que envolvem as reuniões de condôminos são, inclusive, um dos pontos que mais incomodam e desmotivam condôminos. Marcelo Santos, professor que mora há dois anos em um condomínio de casas na Zona Leste de São Paulo, conta que comparecia com frequência às reuniões, mas logo percebeu que muito pouco se resolvia.

“Assim que me mudei, achei importante ir às reuniões, mas depois me toquei de que era uma grande perda de tempo. As pessoas falavam bonito, mas muito pouco ficava decidido. Achei melhor deixar para lá e focar na administração da minha casa, que eu mesmo comando”, conta.

Apesar de todo os problemas, especialistas ressaltam que a participação nas reuniões é fundamental, uma vez que somente com a genuína interação dos condôminos que as estruturas condominiais podem ser mudadas, inclusive a metodologia utilizada nas assembleias.

Reflexo da sociedade

As reuniões de condomínio devem funcionar em um processo de cooperação pensando no bem comum. O condômino precisa estar ciente de que todas as discussões são de seu total interesse, pois afetarão diretamente sua moradia, além de colocar-se como um aliado dos demais moradores.

Advogado especialista em gestão condominial, Leonardo Memória acredita que a falta de interesse dos condôminos é um reflexo da sociedade como um todo: “O condomínio é como se fosse uma micro sociedade com regras próprias, em que todos devem participar para gerir. A ideia de que há alguém fazendo algo por nós, culturalmente, faz com que tenhamos a atitude de que não precisamos fazer mais nada”, diz.

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É comum esperarmos que outras pessoas resolvam problemas por nós (Foto: Shutterstock)

Diante de uma cultura já enraizada, muitos pensam que não há muito que fazer e acabam por desistir de chamar a participação dos moradores. O trabalho, portanto, acaba caindo sobre o síndico ou empresa administradora, que por isso muitas vezes não conseguem cumprir com suas funções.

O trabalho do síndico, inclusive, é o mais importante para o funcionamento saudável de uma reunião. Geralmente, ele possui conhecimento sobre os moradores a partir de um ponto de vista que as empresas contratadas não possuem, já que convive diariamente e é da mesma forma afetado pelos problemas.

“O síndico deve ter uma conduta de dialogador, deve saber ouvir todos os anseios dos moradores e apresentar soluções que agradem a maioria, já que agradar a totalidade dos moradores será uma rara situação”, afirma Memória.

Uma boa reunião

Assim como o síndico, os moradores precisam estar afinados e dispostos a cumprirem com suas responsabilidades enquanto condôminos. A soma de esforços fará com que a reunião seja boa para todos e feliz na resolução de problemas, uma vez que essa é a característica que define uma reunião de qualidade.

“Uma boa reunião é aquela em que todos os pontos possam ser discutidos de modo saudável e com agilidade. É, portanto, uma reunião objetiva, que preze pela otimização de tempo e seja feliz no que diz respeito à interação entre condôminos e ao diálogo pensando no bem comum”, diz Santos.

Memória, por sua vez, define uma boa reunião como a que possui um desdobramento que vá de encontro com o que foi planejado pela mesa mediadora, isto é, que siga a risco o delineamento sem empecilhos.

“Uma boa reunião de condomínio se apresenta como aquela que segue ritualmente a pauta de convocação, percorrendo exatamente os pontos que serão discutidos. Deve também permitir que todos opinem sobre os pontos a serem discutidos, após uma breve explanação do Presidente da Reunião sobre cada tópico”, diz.

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