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Especialistas trazem solução simples para tornar uma casa sustentável

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Diminuir o impacto que uma pessoa causa no ambiente é uma questão cada vez mais discutida por profissionais da construção. Atualmente, casas, condomínios e até clubes já são projetados para receber luz natural e captar a água da chuva.

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Para quem tem interesse em diminuir contas e ainda ajudar o meio ambiente, existem dois caminhos: adaptar a casa onde mora ou construir seu novo lar utilizando técnicas sustentáveis. O arquiteto Pedro Retz, da Quatro Fatorial Arquitetura, diz que existem intervenções mais básicas e mais caras, mas que elas podem ser incorporadas em uma construção já existente.

Casa no residencial Alphaville Graciosa, na cidade de Pinhais (PR) (Foto: Divulgação/Alphaville Urbanismo)

Adaptando a casa

O primeiro passo pode ser a substituição de lâmpadas convencionais por lâmpadas de led. Depois, é possível trocar o chuveiro elétrico pelo aquecimento solar. “Essas intervenções impactam menos na construção existente e são mais baratas”, explica o arquiteto.

Luz de led traz até 85% de economia

(Foto: Lucas Gabriel/ZAP em Casa)

Há também a possibilidade de fazer intervenções mais caras, como a instalação de placas fotovoltaicas, para gerar energia elétrica e que podem ser ligadas direto na rede. “O que é gerado por essa placa é abatido da conta de luz e pode até zerar a conta”, diz Pedro Retz.

Outra técnica adotada é o reuso da água do chuveiro, do tanque, da máquina de lavar. Basta instalar um filtro simples, que vai reutilizar a água e que poderá ser usada na descarga, para regar as plantas e lavar a calçada, por exemplo.

Alguns condomínios também já possuem um sistema que capta a água da chuva, que pode ser utilizado da mesma maneira que o reuso das águas. O arquiteto explica que basta captar a água que vem da calha em uma cisterna, jogá-la em uma caixa d´água e usá-la normalmente.

O tratamento do esgoto pode ser feito dentro do próprio lote. Atualmente, existem várias técnicas como a permacultura, que é um conceito que reúne técnicas e práticas que visam a convivência sustentável entre o homem e o planeta. Existem também outras mais convencionais com filtros biodigestores e filtro de luz ultravioleta. Retz diz que, se for possível realizar uma reforma, é indicado intervenções mais básicas como aumentar as aberturas para entrar luz natural, ou criar aberturas elevadas e baixas para gerar uma ventilação cruzada e diminuir o uso do ar condicionado.

Mudança de mentalidade

(Foto: Lucas Gabriel/ZAP em Casa)

Construindo uma casa sustentável

A forma como o projeto é desenvolvido vai determinar se um projeto é sustentável. Se entrar pouca luz natural, por exemplo, vai ser preciso aumentar o uso de energia elétrica. “A orientação da construção em relação ao sol vai influenciar a entrada de luz direta ou indireta nos cômodos e vai aumentar a utilização de lâmpadas.

Pedro destaca que o entendimento da região onde foi construído é essencial. Em uma cidade muito quente, pode-se criar aberturas e utilizar a luz indireta, o que dispensa o uso de ar condicionado. Em locais frios, as aberturas de entrada de sol e paredes espessas aquecem o ambiente e dispensam o aquecedor.

Veja no canal da Alphaville Urbanismo no YouTube como ter uma casa sustentável

Casas no condomínio Alphaville Flamboyant, em Goiânia (Foto: Divulgação/Alphaville Urbanismo)

Escolha dos materiais:

A bioconstrução permite técnicas que utilizam materiais naturais pouco ou nada industrializados, como terra, palha, bambu, areia, pedra e madeira. As técnicas mais conhecidas é a taipa de mão, ou pau a pique, que é mistura de terra com treliça de madeira.

O que diferencia as técnicas é a forma como a terra é aplicada e a quantidade de outros materiais misturados como areia, palha, esterco de vaca e outros. As mais conhecidas são: taipa de pilão, hiperadobe, cob e o tijolo de adobe.

Alphaville Flamboyant, em Goiânia (Foto: Divulgação/Alphaville Urbanismo)

Um edifício ou uma casa sustentável não precisam ser construídos necessariamente com técnicas de construção ou com materiais alternativos. Podem ser construídos com técnicas convencionais, desde que os profissionais estejam atentos para as origens dos materiais. E atentos aos desperdícios.

O arquiteto diz que é preciso responder perguntas como: quantos quilômetros esse material andou para chegar até você? Como e de onde ele é extraído? Qual a procedência da empresa que enviou o material? Como é a condição dos trabalhadores que prestam serviço?

Responder essas questões vai influenciar no grau de sustentabilidade do edifício. “Não adianta utilizar um material com selo sustentável, se ele precisa atravessar o país até você”, explica Retz. O arquiteto salienta que o impacto que gera o deslocamento é maior que usar o material convencional que fica na cidade de um cliente.

Quanto custa uma casa sustentável?

Os materiais certificados, com boa procedência, normalmente são mais caros. Os materiais convencionais podem ser utilizados, mas é preciso prestar atenção se é um produto tóxico, qual é o seu tempo de durabilidade e como é descartado. “O material natural precisa de manutenção frequente, mas que podem ser mais baratas e de melhor impacto”, explica.

Condomínio residencial Alphaville Campinas (Foto: Divulgação/Alphaville Urbanismo)

Os equipamentos como reutilização de água das casas e água da chuva necessitam de um investimento grande, mas com a redução das contas ele acaba valendo a pena a longo prazo.

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