Almoçar num restaurante sofisticado. Mais tarde, dançar numa casa noturna da moda. E ainda fazer aquela comprinha de última hora no supermercado em plena madrugada. Tudo isso é possível no Itaim Bibi, bairro da zona sul mais votado na categoria Infra-estrutura pelos especialistas do setor imobiliário ouvidos pelo Estado.
A neuropsicóloga Simone Carneiro Ahualli de Carvalho, de 29 anos, aproveita a variedade de serviços e de comércio oferecidas pelo Itaim Bibi, onde mora desde que nasceu. “A gente faz tudo no bairro”, diz ela,satisfeita com a oferta de farmácias, lojas, restaurantes, bares e hospitais.
Para Simone, que adora sair à noite, a dificuldade é escolher o lugar. “É um absurdo a quantidade de casas noturnas que se tem hoje no Itaim.” Simone define o local como um “bairro de gente jovem”. “O pessoal mais velho reclama do barulho e da agitação.”
Simone foi testemunha da transformação da região, que de área residencial passou a ser tomada pela verticalização e por empresas comerciais e de serviços. Um dos fatores para esse crescimento foi o impulsionamento do bairro causado pela ampliação da Avenida Faria Lima, nos anos 90.
Da casa onde morou na infância, ela se mudou, aos 14 anos, para um apartamento e depois para outro, após o casamento com o arquiteto Ulysses Ahualli, de 32 anos. Ali, também mora a mãe dela, Maria Ignez, de 64 anos.
Progresso
Mas os benefícios do progresso não vieram sozinhos. Trouxeram alguns incômodos “Com a mudança de padrão, tudo ficou mais caro”, diz Simone. Além disso, a intensidade de carros nas ruas também é um problema, mesmo tarde da noite. “Se eu saio às duas da manhã para ir ao Pão de Açúcar, eu pego um pouco de trânsito.” E mesmo andando de carro, Simone sente falta de metrô no bairro.
Para o vice-presidente da Fernandez Mera Negócios Imobiliários, Gonzalo Fernandez, a proximidade do Itaim Bibi com bairros como Jardins e outros pólos econômicos da cidade é um aspecto positivo. Ele destaca a capacidade de transformação do bairro. “Além de ter uma infra-estrutura completa, é moderno e atual, sempre se renovando.”
Apesar de ter votado em outro bairro na categoria Infra-estrutura, o urbanista do Instituto Pólis, Renato Cymbalista, aprovou a escolha. “É um bairro em que você pode morar, trabalhar e se divertir. Tem uma mistura muito interessante de usos”, diz. “Mas não é bem projetado”, observa o especialista. Na opinião dele, do ponto de vista urbanístico, comparando o Itaim ao bairro de Higienópolis, na zona oeste, ele fica em desvantagem, já que, por exemplo, as ruas e calçadas são muito estreitas. Cymbalista ressalta ainda que faltam espaços púlicos no bairro.
A predominância de moradores antigos e de classe média é uma das característica da região, segundo o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci) José Augusto Viana Neto. “Quem está ali é porque realmente quer estar no Itaim e tem condições de estar.” O bairro já está consolidado, com poucos terrenos disponíveis para novos empreendimentos.
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