Aprenda a separar ambientes sem erguer uma parede
Separar ambientes da casa que ficam em uma mesma área pode ser uma tarefa fácil e sem quebra-quebra.
De acordo com a arquiteta Tania Bertolucci, um dos desafios do design de interiores não é separar e sim setorizar um espaço amplo, único. Isso significa marcar visualmente os espaços com diferentes funções, mas sem erguer uma parede entre eles. Afinal, divisões podem dar a impressão de que a área é menor.
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Existem diversas formas de delimitar os ambientes de acordo com a função para a qual se pretende usá-los. As duas principais, de acordo com Tania, são através do piso e da iluminação. “Quanto você altera o piso, muda pelo menos 50% da paisagem do espaço”, afirma. Para tanto não é preciso investir numa reforma. Os tapetes são boas alternativas em diversos casos.
Os tapetes também servem ao propósito de limitar o espaço, mas sem fechá-lo. “É importante ter essa noção de onde o ambiente começa e termina. Isso gera sensação de conforto, como se fosse um abraço”, compara a arquiteta.
Assim como o piso, o teto também marca visualmente os ambientes. A dica é usar detalhes diferentes em cada espaço. Por exemplo: gesso rebaixado em uma área e gesso com sanca e iluminação indireta na outra. “A limitação acontece na comparação, por isso não se deve usar o mesmo artifício nas duas zonas que se pretende demarcar”, explica Tania.
Como separar ambientes com a ajuda de móveis
Além das opções que eventualmente exigem reforma e sujeira, a setorização dos ambientes pode ser feita a partir de artigos flexíveis, como móveis.
Dentre os “coringas” da delimitação de ambientes estão os aparadores, geralmente colocados do sofá. Tais itens suavizam as costas do móvel e dialogam com o outro espaço, para o qual estão virados. Além disso, marcam a mudança de estilos decorativos de uma área para a outra, quando é o caso.
Os bancos também são peças coringas, uma vez que não rompem a unidade visual do ambiente. Ao contrário. Por serem compartilhados pelos dois espaços, setorizam-nos ao mesmo tempo em que ajudam a integrá-los.
Tania alerta que, tanto no caso de aparadores quanto de bancos, o ideal é que não ultrapassem os 75 centímetros de altura – o indicado para os assentos é cerca de meio metro. “Móveis mais altos vão dar maior sensação de separação”, continua a arquiteta. Ela explica que linhas horizontais dão sensação de amplitude e unidade, enquanto elementos verticais causam impressão de quebra, divisão.
Biombos
O biombo opera por essa lógica da verticalidade, mas é um objeto que marca muito os espaços. “Antes de ser estético ele precisa ser funcional”, aconselha a especialista.
É recomendável que ele tenha alguma angulação, em vez de ser completamente reto, e que sua altura seja mais baixa que a parede, com no máximo 1,9 metro. Também é interessante que seja um artigo vazado e não totalmente fechado, para que compartilhe os espaços. Esta última sugestão vale também para os feitos em alvenaria.
E como separar e decorar com biombo? Ele pode servir para fazer fundo do sofá, quando o móvel está distante da parede e parece deslocado. Serve também para proteger a porta de acesso do lavabo, quando esta dá para a sala de estar, por exemplo, ou quando está no final do corredor e de frente para a entrada da casa.
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