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Atenção ao reajuste das parcelas e do saldo devedor na compra de um imóvel na planta

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Rio de Janeiro – A compra de um imóvel na planta – uma opção para quem pode esperar a conclusão da obra – é uma forma de se pagar menos pelo bem. De acordo com especialistas em mercado imobiliário, a economia pode chegar a 30% na comparação com uma casa pronta do mesmo padrão. Mas nem tudo são flores neste negócio. O preço de venda sofre reajustes no decorrer da obra e essa conta nem sempre é analisada com cautela por consumidores.

O reajuste com base em um índice referencial está em conformidade com a lei e com a prática de mercado. Durante o período de obras, as construtoras podem reajustar o valor das unidades utilizando índices referenciais do setor – normalmente, o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), que é medido mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ou o CUB (Custos Unitários Básicos de Construção), que é calculado em cada estado. O acumulado do INCC em 2010, por exemplo, ficou em 7,57%. De acordo com o economista Luiz Carlos Ewald, o reajuste ocorre sobre o valor das parcelas mensais, o valor da parcela de entrega das chaves (a ser pago na entrega do imóvel ao comprador) e do saldo devedor, a ser financiado.

“Mesmo com o reajuste nas parcelas, na entrega das chaves e no saldo devedor, o preço do imóvel sai mais em conta do que o do apartamento pronto”, afirma Ewald.

A redução do valor do imóvel na planta se deve ao fato de o morador não poder residir no bem até a conclusão da obra e também por haver o risco comercial de o empreendimento não ficar pronto. A dica dos especialistas para quem investe neste tipo de compra é verificar o potencial de valorização, levando em conta que parte do lucro diminuirá com o reajuste. Com planejamento financeiro e análise cautelosa da empresa e do empreendimento, a atualização do preço do produto não se torna um negócio inviável.

Há casos em que o financiamento acontece diretamente com a construtora após a entrega das chaves: neste caso, é de praxe aplicar outros índices inflacionários, como IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ou IGP-M. (Índice Geral de Preços de Mercado).

No entanto, com o cenário atual do mercado imobiliário carioca, para Ewald, esta não é a melhor época para a compra do imóvel. Principalmente a financiada.

“As pessoas estão se endividando sem se dar conta do que pode vir por aí. Estamos vivendo um período de bolha e que vai estourar. Não existe uma curva que suba e nunca desça. O Rio e São Paulo vivem uma situação artificial de mercado. Portanto, se for para comprar, eu indicaria a compra à vista como melhor opção”, frisa o economista.

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