Novos empreendimentos com mais áreas compartilhadas facilitam a convivência entre pessoas

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O mercado imobiliário brasileiro revela cada vez mais a tendência para imóveis com metragens pequenas. Este tipo de apartamento tem recebido boa aceitação por caber no bolso de uma parcela maior de clientes, principalmente diante da crise econômica, e também por se encaixar melhor nas novas configurações familiares, com jovens saindo mais cedo de casa ou casais que decidem não ter filhos. Se na área privativa o espaço tende a ficar menor, por outro lado, os condomínios contam cada vez com mais áreas compartilhadas. Como esses espaços despontam como uma extensão do imóvel, os empreendimentos acabam facilitando e incentivando a convivência entre as pessoas.

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A crescente demanda por imóveis menores já é uma realidade no mercado brasileiro e é maior o número de empreendimentos compactos. Este tipo de unidade tem como público alvo pessoas que precisam aliar conforto e praticidade em uma rotina agitada. “Essa expansão do mercado é fruto de mudanças na estrutura familiar como jovens que buscam a moradia própria, casais que optam por não ter filhos, aumento do número de divórcios e de pessoas na terceira idade, além da preocupação de estar próximo aos locais frequentados diariamente, como trabalho, faculdade e etc”, afirma Manoel da Silveira Maia, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (Creci-RJ).

(Foto: Shutterstock)

Além de ter a possibilidade de viver em um bairro melhor ou que permita um menor deslocamento no dia a dia – e, consequentemente, menos trânsito e mais tempo livre -, os empreendimentos que oferecem apartamentos menores costumam, em contrapartida, dar a possibilidade de desfrutar de toda uma estrutura de serviços sem sair do condomínio, um ponto positivo levando em consideração os aspectos de segurança. “As construtoras estão cada vez mais atentas para este mercado de imóveis compactos, com uma gama de serviços diferenciados, pois o interesse por essas unidades aumenta na medida em que se busca conciliar praticidade, conforto e qualidade de vida, ressalta o presidente do Creci-RJ.

Para Guilherme Ribeiro, diretor de Tecnologia da Rede Imobiliária do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), com as famílias menores, o espaço do apartamento está mais reduzido, mas as incorporadoras também estão oferecendo produtos diferenciados para acompanhar essa nova tendência. “As pessoas também estão mais independentes. Antes tinha doméstica e hoje, com a área menor, fica mais fácil de limpar. Elas não querem ter o trabalho de limpar e a dor de cabeça para cuidar”, ressalta.

(Foto: Shutterstock)

Essas características também contribuem para que as áreas comuns e espaços compartilhados se tornem um atrativo a mais nos novos empreendimentos. E cada vez mais as opções aumentam. “É um caminho natural oferecer opções em espaços compartilhados, apostando em um tratamento diferenciado em relação às áreas de lazer, que proporcionam um número maior de atividades aos condôminos. Muitas vezes a tradicional composição de salão de festas, quadra de esportes e piscina já não é suficiente para despertar a atenção do possível comprador. É preciso incluir no projeto um espaço gourmet, salão de jogos, academia, lavanderias e até mesmo escritórios”, diz Manoel da Silveira Maia.

Desta forma, com imóveis menores e áreas compartilhadas mais equipadas, a convivência deixa de ser apenas na área privativa, estendendo-se para os espaços compartilhados. “São áreas para uso e também uma extensão para receber. Ou seja, há uma motivação maior para a convivência”, garante Guilherme Ribeiro. Porém, ele acredita que o incentivo poderia ser ainda maior por parte dos empreendimentos se as regras acompanhassem essa nova realidade. “O salão de festas, por exemplo, só pode ser usado sob reserva e pagamento quando deveria poder ser usado por todos e todos os dias. É preciso ainda quebrar alguns paradigmas para que as regras, de fato, incentivem a convivência maior”, conclui o diretor do Secovi-SP.

(Foto: Shutterstock)

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