Alemão que comprou 37 imóveis no Vidigal desiste de projeto hoteleiro

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O empresário alemão Rolf Glaser viajou ontem para a Europa, sem data para retornar ao Brasil, após ter investido R$ 1,1 milhão para incluir o Morro do Vidigal no roteiro turístico da cidade. Conforme reportagem publicada ontem no “Estado de S. Paulo”, Rolf abandonou o projeto – que previa a construção de um hotel e um restaurante de luxo, além de bares, uma galeria para exposições permanentes de artistas locais e um museu sobre a história do Vidigal – após o embargo das obras pela Secretaria municipal de Urbanismo. Ele negou ter tido problemas com traficantes de drogas da comunidade.

Ressentido, Rolf – que adquiriu 37 imóveis no Vidigal, todos com vista para o mar – diz que a prefeitura nunca solicitou licenças, projetos ou qualquer informação formal de nenhum outro investidor da favela. O estrangeiro afirma que procurou a Secretaria municipal de Urbanismo (SMU), mas não conseguiu ser atendido pelo secretário Sérgio Dias.

“O estrangeiro paga duas vezes por aqui. A prefeitura nunca me deu apoio algum, o que aconteceria em qualquer lugar do mundo onde eu quisesse fazer estas melhorias. Acreditava que bastava investimento para transformar a favela, mas estava errado. Nunca mandaram fiscal ou embargaram nada por aqui, onde todos os negócios são informais. Cada morador pode abrir o que quiser. No meu caso, querem que eu cumpra um monte de exigências. Cresceram o olho. É o primeiro embargo da história do Vidigal. Desisti”, desabafa Rolf.

O alemão contou que já recebeu ligações de interessados em comprar os seus imóveis por valores 30% inferiores aos que foram pagos.

“Vou viajar e decidir tudo na volta. Por que preciso sofrer e perder dinheiro para ajudar as pessoas? Não sou masoquista. Estava trabalhando há quase dois anos no projeto. Depois que eu vender tudo, não quero investir mais aqui”, diz.

A prefeitura informou que Rolf – que havia contratado o arquiteto Hélio Pellegrino para a empreitada – teve suas obras embargadas por não ter solicitado licença através da Secretaria de Urbanismo (SMU). Ainda segundo a prefeitura, o empresário foi orientado a se regularizar, através de pedidos de licença e apresentação de projetos. A SMU disse que Rolf abriu dois processos de solicitação de licença, mas não apresentou projeto completo, somente um croqui.

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