Na hora da compra, deixe a emoção de lado

Quem deseja comprar um imóvel, seja novo ou usado, deve deixar de lado os fatores emocionais e se concentrar na análise do negócio. Essas são as orientações de Emerson Simenes, da CBS consultoria Financeira. “A primeira coisa a se analisar é se a compra do imóvel vai ser para uso próprio ou para o investimento”, diz ele.
Segundo ele, se o objetivo do imóvel é para investimento o ideal é a aquisição de uma casa de menor valor. “Eu sugiro a casa porque não é preciso pagar condomínio se ela não estiver alugada”, diz ele. Além disso Simenes sugere que o investidor faça uma conta simples para avaliar o potencial de retorno do imóvel. Para isso basta dividir o valor do aluguel que se pretende cobrar pelo valor de compra do imóvel e multiplicar esse valor por 100. No caso de um imóvel de R$ 45 mil, alugado por R$ 500, por exemplo, o índice chega a 1,11. “Trata-se de um índice maior que as principais aplicações financeiras do mercado, por isso é um bom negócio”, diz.
Caso a compra seja destinada ao uso próprio, Simenes sugere uma análise mais detalhada do bairro e do imóvel em si. “É importante que o comprador visite a vizinhança, caminhe por um raio de pelo menos 500 metros de onde pretende morar.” Esse passeio, deve ser feito em horários diferentes, que permitam que o comprador identifique problemas de segurança no bairro, e também pontos fortes, como localização de farmácias e supermercados.
Simenes também sugere que o comprador repare nas paredes frontais dos prédios e casas da vizinhança. “É preciso observar se há marcas de enchentes nas paredes”, diz. Outra dica importante é apresentar o imóvel a várias pessoas antes de decidir pela compra. “Se você gosta muito de um imóvel, acaba não percebendo defeitos que outras pessoas podem notar”, diz.
Além de visitar várias vezes, Simenes também sugere que o consumidor considere o tempo gasto com deslocamento, na hora da compra. “Muitas vezes um imóvel mais caro pode valer a pena se economizar o trajeto para o trabalho e trouxer uma economia ao longo do tempo.”
NOVO X USADO:
ESPAÇO
Os imóveis usados, em geral, são maiores que os mais novos. Porém, têm menos vagas na garagem
FINANCIAMENTO
As taxas e condições de financiamento são semelhantes para imóveis novos e usados. Mas para a faixa popular, o programa “Minha Casa, Minha Vida”, contempla apenas construções novas
CONDOMÍNIO
Os novos conjuntos habitacionais e apartamentos oferecem uma infraestrutura maior e mais completa, porém têm também um condomínio mais alto
INVESTIMENTO
Segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis, o metro quadrado do usado custa cerca de 50% a menos que um imóvel novo. Em compensação, o comprador precisa frequentemente investir em reformas
INSTALAÇÕES
Os imóveis novos possuem uma infraestrutura mais adequada para as necessidades de consumo de hoje, com mais tomadas por cômodo, por exemplo