Salas comerciais são opção para investir
Nos últimos anos, a Vila Leopoldina consolidou a tendência de verticalização residencial, apesar de ela estar concentrada em algumas vias e ainda poder ser desenvolvida – vide grandes empreendimentos atualmente em construção no bairro. Porém, o bairro ainda carece de salas comerciais para atender a profissionais liberais residentes na região que queiram trabalhar próximos à residência. Ou seja: uma boa opção para quem quer investir na região.
O fenômeno pode ser visto em avenidas como a Imperatriz Leopoldina, que ainda abriga a maioria dos estabelecimentos comerciais. “A necessidade dos novos moradores do bairro são pequenos escritórios para arquitetos e advogado que migraram de outras regiões”, afirma Sergio Beccaria Canton, gerente de desenvolvimento imobiliário da Fernandez Mera. “Recentemente, lançamos 100 unidades com 42 m,², e elas foram totalmente vendidas, basicamente, para o público da região”, afirma.
Segundo o gerente, a maior capacidade de valorização está em vias próximas ao Ceagesp, entre as avenidas Imperatriz Leopoldina e Gastão Vidigal . “Nelas, o valor de venda não é tão alto como na Rua Carlos Weber. Está um pouco mais baixo e tem maior tendência de valorização”, explica Canton.
Marcelo Dadian, diretor regional em São Paulo da Rossi, concorda. “O trecho da Avenida Gastão Vidigal em direção à Rua Carlos Weber está mais consolidado. Já o trecho ao sul da avenida, em direção à marginal, passa por um processo de transição.”
Cyro Naufel, diretor de atendimento da Lopes, também cita vias como a Guaipá, que começam a ser ocupadas, além do trecho próximo à ponte Anhanguera. “Lançamos empreendimentos no trecho no ano passado. Os 400 apartamentos do Podium, da Cyrela, foram vendidos. A tendência é que a região se valorize ainda mais com a construção da nova ponte e consequente melhoramento viário nesse trecho da marginal.”
Naufel lembra que o preço médio do m² na região, que está na faixa de R$ 3,5 mil, atingia o patamar de R$ 2,8 mil o m² há, no máximo, quatro anos, uma valorização média de 20% em uma região que, além da nova ponte, pode se valorizar com a chegada do Metrô em Pinheiros, prevista para acontecer em 2010.
Essa possibilidade de valorização traz a reboque oportunidades também para grandes empreendimentos comerciais, pois gera público consumidor, sublinha Naufel. “Supermercados, como o Wal-Mart, já se instalaram na região. O comércio de rua também tem espaço para se expandir.”
Dadian verifica a tendência do bairro em receber moradores de regiões próximas, como aconteceu com o Morumbi, por causa de seu preço mais competitivo.
“Lógico que prefiro morar em um terreno com infraestrutura completa de lazer do que morar em torre única sem ela, pagando ainda mais caro”, opina.
O gerente não hesita em considerar o bairro como o que tem o maior potencial da zona oeste da cidade. “Além de uma ótima infraestrutura de transporte, tem fácil acesso para a Marginal Pinheiros e rodovias como a Bandeirantes. Além disso, está próximo ao parque e ao shopping Villa-Lobos”, diz.
“Há dois anos, o mercado imobiliário trabalhava com o nome Alto da Lapa. Resolvemos assumir o nome Vila Leopoldina, para valorizar o bairro, que cresceu em percepção”, completa.