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Já ouviu falar em casas de contêineres? Conheça o método

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Já imaginou morar em um contêiner marítimo? Sim, aquela caixa retangular enorme, com paredes grossas de aço, que serve para transportar cargas em navios ao redor do mundo. Se eles foram projetados para proteger as mercadorias contra sol, chuva e condições ainda mais adversas, por que não teriam resistência para se tornarem casas, não é mesmo?

O arquiteto Paulo José Tripoloni, diretor da Moduular, especialista em construções a partir de contêineres, diz que as principais vantagens são a redução do prazo do projeto, o custo exato e a entrega da casa praticamente pronta.

“São duas etapas: preparar o terreno e construir a casa na fábrica. O meio termo é o transporte e instalação. A redução do custo é relativa. Se construir como deve ser, isolada termicamente, seca, com preparação acústica, acaba sendo quase o mesmo valor de uma de alvenaria”.

Para o arquiteto e urbanista Emerson Melro, especialista no método, o sistema é inovador para quem busca um design diferente, tem praticidade e agilidade na execução. “Tem uma característica metálica, com estilo industrial. Podemos incorporar vários elementos que vão transformando os contêineres em espaços harmoniosos e confortáveis”.

Como é feito

As empresas que fazem esse tipo de casa compram os contêineres usados – geralmente têm de 10 a 15 anos de uso – de companhias de transporte marítimo ou terminais, como os que existem no Porto de Santos.

O tradicional, maior, é de 40 pés (12 metros de comprimento, 2,45 metros de largura e 2,60 metros de altura) e custa entre R$ 7 mil e R$ 12 mil, dependendo do estado. O de 20 pés (6 metros de comprimento), sai um pouco mais barato, entre R$ 6 mil e R$ 8 mil.

“Tem a questão de sustentabilidade, essas peças seriam descartadas e o reúso é uma vantagem. Elas têm um dimensionamento adequado para a construção civil, não utilizamos cimento, água. É uma estrutura leve e a pessoa pode deslocar para onde quiser”, diz Melro.

Tripoloni explica que, após a compra, o contêiner vai para a fábrica e passa por um processo que garante descontaminação. É alinhado e são retirados os amassados. Depois são riscadas portas e janelas, recortadas e reforçadas estruturalmente.

“Ele é pintado interna e externamente. Depois é construída a casa do zero, com materiais a seco. Revestimos de gesso tanto teto, quanto paredes. Pisos costumamos usar porcelanatos ou vinílicos”, diz o arquiteto da Moduular.

Mercado

O mercado está em expansão, mas falta conhecimento dos processos e nem todas as empresas vendem a casa completa, mas apenas o contêiner com porta e janela, alerta Tripoloni.

“Estamos construindo um prédio com subsolo e três pavimentos, de studios, para aluguel, em Jundiaí (SP). As pessoas se interessam, mas a grande maioria procura pelo custo. Lembro que para chamar de casa não pode ter problema de vazamento de água, de calor ou barulho“, afirma o arquiteto.

Ao final da construção, o valor médio pode variar de R$ 800,00 a R$ 1.800,00 o metro quadrado.

Legislação

As casas de contêineres são submetidas às mesmas legislações municipais que as de alvenaria e são proibidas em algumas cidades. Muitas vezes elas não são compatíveis com as alturas exigidas, por exemplo, explica Melro.

Tripoloni ressalta que é feito o projeto arquitetônico para aprovação nos órgãos públicos, da mesma maneira que residências de alvenaria, inclusive seguindo o zoneamento permitido na área de instalação.

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(Foto: Shutterstock)

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