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Na hora de eleger um síndico, é melhor um profissional ou morador?

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O síndico é o administrador do condomínio e são muitas as atribuições a ele conferidas, um cargo que exige muita responsabilidade. As funções vão desde manter a ordem nas áreas comuns, fazer os pagamentos em dia, cobrar dos inadimplentes, cuidar dos funcionários e controlar obras e serviços, entre outras.

Não é uma missão fácil, já que ela exige muita dedicação, cuidado, atenção, além de disponibilidade de tempo. Uma dúvida que surge é que, para fazer todo esse trabalho, quem é melhor para exercer a função, que exige uma rotina diária de acompanhamento: um morador do condomínio ou um síndico profissional?

Para tomar a decisão de quem estará à frente da administração condominial, é preciso analisar algumas variáveis e um dos pontos importantes é do tamanho e das características do condomínio.

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A escolha do síndico deve estar condicionada às características do condomínio (Foto: Shutterstock)

“A questão depende do perfil de cada condomínio, porque temos muitos com síndicos orgânicos, que são moradores, que são extremamente bem administrados e, nesses casos, não há a necessidade do profissional. Mas em outros condomínios, os síndicos moradores erram muito e acabam atrapalhando a gestão”, enumera Paulo Melo, presidente da Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais (Abrassp).

O tamanho do condomínio pode ser um dos fatores determinantes na escolha do tipo de síndico. “As pessoas estão cada vez mais ocupadas com suas funções e respectivos trabalhos. Em um condomínio pequeno, de até 60 unidades, a quantidade de moradores é menor e provavelmente menos pessoas vão se candidatar. Já em um com 500 a 1000 unidades, podem aparecer diversas pessoas que queiram se candidatar. E isso pode dar certo ou não”, explica Paulo Melo.

Em situações que moradores decidem disputar a eleição, ele ainda ressalta o papel de um síndico profissional nelas. “Eu costumo dizer que o profissional não deve disputar a eleição em um condomínio com síndico orgânico. Por isso, antes de tudo, o próprio condomínio precisa entender o que ele quer para ele para definir o tipo de eleição“, complementa.

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Os síndico morador e o profissional possuem vantagens e desvantagens (Foto: Shutterstock)

Tanto o síndico morador quanto o profissional apresentam vantagens e desvantagens para exercer a função. O primeiro conhece bem o condomínio porque vivencia o dia a dia dele e, além disso, terá o empenho de fazer melhorias, porque ele próprio será beneficiado. Mas ele normalmente divide o cargo com o emprego e tem menos tempo disponível.

Já o síndico profissional se dedica exclusivamente para a função, tem maior disponibilidade de tempo e tem experiência em administrar condomínios. É ainda importante ele ter registro profissional porque fortalece na hora de disputar eleição.

“Existe uma balança. O síndico orgânico mora no prédio e, às vezes, tem um círculo de amizade, seja o vizinho de porta ou do andar, e muitas vezes ele precisa notificar essas pessoas, multar, o que pode gerar um conflito interno. O profissional não tem esse problema, porque ele não tem relação com ninguém e tem maior isenção no trabalho”, ressalta o presidente da Abrassp.

Em relação aos custos, nos dois casos haverá algum tipo de despesa. Em muitos condomínios, o morador que assume o cargo fica isento de pagar as despesas com condomínio, mas Paulo Melo reforça que tanto o síndico orgânico quanto o profissional devem receber pelo trabalho.

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É importante que ambos os síndicos sejam remunerados por suas funções (Foto: Shutterstock)

“Os dois devem ter pró-labore. O orgânico está exercendo a função e nada mais justo do que receber por isso, assim como o profissional. Em muitos casos, este último responde como pessoa jurídica, emite nota de prestação de serviço, não precisa recolher impostos como INSS. Então precisa avaliar para ver o que sai mais barato e melhor”, afirma.

Na hora de fazer a escolha, também é importante ter consciência sobre as responsabilidades de um síndico e analisar se a pessoa está preparada para exercer a função. “O síndico tem as responsabilidades civil e criminal, ele responde por todos os atos praticados em sua gestão”, pontua Paulo Melo.

Além disso, é preciso ter muito conhecimento para assumir o cargo. “Ele tem que entender todo o complexo do condomínio, tem que ser administrador, contador, arquiteto, psicólogo e engenheiro ao mesmo tempo, tem que entender de lei e de contratos. Ele é o administrador do condomínio e vai resolver todos os problemas. É importante que ele assuma o papel como administrador e não dono do prédio”, conclui.

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