No coração das tendências contemporâneas de design e arquitetura está a biofilia, uma palavra totalmente relacionada à essência da natureza na vida humana — que é, muitas vezes, urbana.
É uma ideia que tem ganhado força em um mundo acelerado, como forma de reconectar os espaços com o equilíbrio e a serenidade do ambiente natural.
Mas por que esse é um tema com tanta força e como ele pode ser aplicado para realçar o seu espaço pessoal? É o que você vai ver agora no nosso conteúdo.
Tenha uma excelente leitura!
O termo “biofilia” foi popularizado pelo biólogo americano Edward O. Wilson no ano de 1984, nomeando assim a afinidade que os seres humanos têm pela natureza e os processos vivos.
Derivado do grego, “bio” significa vida e “philia”, amor ou atração, transliterando-se assim como “amor pela vida”.
Esse conceito tem uma premissa básica: as pessoas são intuitivamente e geneticamente predispostas a buscar conexões com a natureza e outras formas de vida.
Ao aplicarmos o conceito no design e arquitetura, falamos na criação de espaços que vão além da estética, buscando nutrir essa conexão profunda com o ambiente natural.
Isso significa integrar elementos como luz natural, vegetação, materiais naturais, vistas para a natureza e outras experiências sensoriais que remetem ao mundo exterior.
A biofilia no ambiente construído, inclusive, não se resume apenas ao paisagismo, mas também em pequenos detalhes.
É a textura de materiais que remetem à irregularidade encontrada na natureza, a utilização de padrões que imitam formas orgânicas ou a presença de água — estática ou em movimento.
A biofilia não é apenas uma tendência estética, mas uma abordagem essencial para criar espaços mais saudáveis, inspiradores e integrativos em nossos lares e locais de trabalho.
Entenda o porquê!
A natureza possui elementos que, quando incorporados em nossos ambientes urbanos, podem diminuir significativamente os níveis de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse.
Estudos como esse da IFPB tem, por exemplo, relacionado emoções positivas e saúde do trabalhador perante o uso de biofilia nestes diferentes ambientes. Assim como no ambiente de trabalho, também pode ter esse impacto no ambiente de casa.
A presença de plantas, a visibilidade de paisagens naturais ou simplesmente a inclusão de cores e texturas que remetem ao ambiente externo podem ajudar a criar um espaço mais tranquilo e relaxante.
Como efeito, facilita o desaceleramento mental e físico.
Aliada à redução do estresse, a biofilia contribui notavelmente para a melhoria geral da saúde mental.
Ambientes biofílicos promovem uma sensação de bem-estar e calma, ajudando a diminuir sentimentos de ansiedade e depressão. É a “paz da natureza”.
A exposição à luz natural e o contato visual com a natureza estimulam a produção de serotonina, potencializando a sensação de felicidade e equilíbrio emocional.
A natureza é o berço da criatividade, com sua infinita diversidade e suas formas inovadoras de resolver problemas.
Quando aplicamos princípios biofílicos no design de espaços interiores, estimulamos as pessoas a romperem com padrões de pensamento habituais, inspirando-se na criatividade inerente à natureza para gerar novas ideias e soluções.
O ambiente natural encoraja a mente a pensar mais livremente e a abraçar abordagens inovadoras.
Plantas no ambiente interno são excelentes parceiras para a melhoria da qualidade do ar. Através da fotossíntese, elas absorvem dióxido de carbono e emitem oxigênio, renovando e purificando o ar que respiramos.
Além disso, muitas plantas são eficazes na absorção de toxinas e poluentes conhecidos como compostos orgânicos voláteis (VOCs), contribuindo para um ambiente mais saudável.
Leia também: Como ter uma horta em casa? Dicas e passo a passo
Espaços que empregam o design biofílico frequentemente promovem maior interação social e fortalecimento da comunidade.
Áreas comuns que contam com jardins, elementos aquáticos ou espaços verdes convidam os indivíduos a se reunirem, compartilhar experiências e estabelecer conexões significativas.
A presença de elementos naturais cria atmosferas acolhedoras que podem facilitar o contato humano!, essencial para o bem-estar social.
Os arquitetos e designers estão cada vez mais procurando incorporar a biofilia em seus projetos, integrando a natureza e suas características, como água, vegetação, luz natural e elementos como madeira e pedra.
Aqui estão alguns exemplos práticos de aplicação recente do design biofílico:
Projetos arquitetônicos estão cada vez mais incorporando jardins verticais, telhados verdes e espaços internos repletos de plantas.
Exemplos da biofilia na arquitetura é o “Bosco Verticale” em Milão, Itália. Ele é pioneiro nesse movimento, com duas torres residenciais que hospedam mais de 900 árvores no centro da cidade, funcionando como um “bosque vertical”.
O uso de grandes janelas, claraboias e design inteligente de espaços para permitir a entrada abundante de luz solar contribui para o bem-estar e diminui a necessidade de iluminação artificial.
Um exemplo é o Edge, em Amsterdã, o edifício de escritórios com a maior pontuação LEED Platinum, que usa um sistema de domótica avançado para otimizar a luz natural e o conforto térmico.
Utilizar materiais naturais como madeira, pedra e tecidos orgânicos em móveis, acabamentos e construção ajuda a criar ambientes que estimulam o contato sensorial com a natureza.
O uso de bambu sustentável em pavimentos e revestimentos de parede é um dos exemplos em alta, dado o seu apelo ecológico e estético.
Criar uma transição suave entre o espaço interno e o externo é outro conceito chave na biofilia. Espaços de convívio que se abrem para jardins, terraços ou pátios ajudam a promover uma sensação de continuidade com o ambiente natural.
Um exemplo é a “Apple Park” em Cupertino, Califórnia, cujo projeto prioriza a transparência e a integração com áreas verdes.
A incorporação de formas que imitam padrões encontrados na natureza, como a sequência de Fibonacci, é outra forma de aplicar a biofilia.
Isso está presente tanto no macro design — como na estrutura do prédio — quanto no microdesign, como em acabamentos e mobiliários que refletem formas orgânicas.
O escritório da empresa Airbnb em São Francisco ilustra esse princípio ao incorporar formas orgânicas e elementos inspirados na natureza em seu interior.
A biofilia pode ser incorporada de várias formas, desde as mais visíveis, como jardins e paredes vivas, até as sutis, como a escolha de materiais e texturas.
O resultado são ambientes mais saudáveis e humanizados, refletindo uma integração entre a arquitetura moderna e o ambiente natural.
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