Ipiranga terá um city tour local
A Associação Comercial do Ipiranga quer que o turismo no bairro vá além do Museu Paulista. Em parceria com uma empresa que já faz city tour pela região central, a Circuito São Paulo, 17 pontos turísticos da região devem ser melhor explorados. A expectativa é de que os roteiros comecem a ser feitos daqui a duas semanas.
“O city tour será em ônibus ou vans, com preço médio de R$ 20,00 por pessoa”, adianta o presidente da associação, Antônio Jorge Mansur. “Estamos fazendo reuniões constantes sobre o assunto.” Entre os pontos do roteiro estão o Museu de Zoologia, a Capela Santa Paulina, o Museu de Carros Antigos e o Museu do Mágico.
Vale lembra que o Ipiranga é um dos bairros mais antigos da capital. O nome foi citado pela primeira vez em documento oficial numa carta do padre José de Anchieta, datada de 1579, dando conta da construção da capelinha de Nossa Senhora da Luz pelo português Domingos Luís, conhecido como O Carvoeiro, o mesmo que fundou o bairro da Luz. Antes de ir morar na zona norte, ele e a mulher, Ana Camacho, se estabeleceram na área que viria a ser o Ipiranga. A nova capela, na Luz, conhecida como Guarepe ou Guaré, foi fundada em 1598.
A região da zona sul, de terras pantanosas e úmidas, com muitas matas, abrigou índios guaianases expulsos da atual área central da cidade e servia de pouso para as tropas que seguiam para o litoral. Com a passagem dos burros pelo local, o futuro bairro, distante 5,5 quilômetros do centro, passou a ser povoado e ocupado por enormes sítios ainda no século 17.
Logo a área passou a ser ocupada por numerosas olarias e, em 20 de fevereiro de 1823, dom Pedro I concedeu ao Barão de Iguape a permissão para construção de um monumento comemorativo à Independência nas imediações. Em outubro de 1825, lançou-se a pedra fundamental do monumento e as terras do Ipiranga, propriedade do governo imperial, foram doadas ao governo da província (atual Estado de São Paulo). No ano seguinte, iniciaram-se as obras, depois abandonadas.