Venda de imóveis na Capital tem a melhor performance para o mês de janeiro

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VSO do mês de janeiro de 2007 e 2008 foi de 7,4% (Foto: Divulgação)

VSO do mês de janeiro de 2007 e 2008 foi de 7,4% (Foto: Divulgação)

Quem acompanha a evolução do mercado imobiliário, principalmente na cidade de São Paulo, sabe que janeiro e fevereiro são meses de sazonalidade de negócios e que o ano se inicia, na prática, em março. Contrariando essa tendência, os resultados do primeiro mês de 2010, segundo a Pesquisa Secovi sobre o Mercado Imobiliário, apresentaram boas surpresas.

A começar pelo desempenho de vendas medido pelo indicador VSO (Vendas sobre Oferta), expresso em porcentagem, que faz a relação do número de unidades comercializadas com o total em oferta no mês. De acordo com o Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, o VSO de janeiro chegou a 11,3%, taxa jamais atingida na história da pesquisa no referido mês. O VSO do mês de janeiro de 2007 e 2008 foi de 7,4%, e o de 2009, no período da crise global, ficou em 5,5%.

O volume de unidades vendidas em janeiro também ficou acima dos resultados referentes ao primeiro mês do ano desde a mudança da metodologia da Pesquisa, ocorrida em 2004. A comercialização de 1.508 unidades foi 35,5% superior ao total apurado em janeiro de 2009 (1.113 moradias) e 7,9% maior em relação a igual período de 2008 – época de intensa movimentação do mercado. Comparado a dezembro do ano passado, naturalmente, há redução de 73,4% (5.663 unidades).

Em valores, as 1.508 unidades representaram volume negociado de R$ 586,9 milhões, com crescimento de 59,5% sobre o valor transacionado em janeiro de 2009 (R$ 368,0 milhões) e, obviamente, 65,5% inferior a dezembro último (R$ 1,7 bilhão).

Janeiro não reservou surpresas na segmentação das vendas por número de dormitórios. O nicho de dois dormitórios ocupou a primeira colocação, com 524 moradias escoadas, equivalente a 34,7% do total comercializado. Quase empatado, vem o segmento de três quartos, com 519 moradias vendidas e 34,4% de participação, seguido de imóveis de quatro dormitórios, com 387 unidades (25,7%).

SEGMENTAÇÃO POR ÁREA ÚTIL – A partir deste mês, a pesquisa sobre o comportamento do mercado de imóveis novos residenciais passa a incluir uma novidade: a classificação por metros quadrados de área útil. Conforme estudos realizados desde o ano passado, convencionou-se que os resultados irão contemplar as seguintes faixas:

Menos de 45 m² De 46 a 65 m² De 66 a 85 m² De 86 a 130 m² De 131 a 180 m² Mais de 180 m² Em janeiro, 42,4% das unidades vendidas (639) possuíam área útil média entre 46 metros quadrados e 65 metros quadrados. O nicho de 86 metros quadrados a 130 metros quadrados ficaram na segunda colocação, com 270 vendas e participação de 17,9% do total.

“Considerando-se que o segmento intermediário em relação aos anteriores, de 66 metros quadrados a 85 metros quadrados, vendeu 234 unidades (15,5% do total escoado), conclui-se que 75,8% de toda a movimentação no primeiro mês de 2010 se concentraram na faixa de 46 metros quadrados a 130 metros quadrados”, observa Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

O ritmo de vendas medido pelo VSO das unidades com áreas menores tem sido maior. Moradias de até 45 metros quadrados atingiram índice de 12,3%, enquanto imóveis de 46 metros quadrados a 65 metros quadrados tiveram a melhor performance, com VSO de 19,5%.

LANÇAMENTOS – Se as vendas registraram o menor recuo sazonal dos últimos anos, o volume de lançamentos residenciais na cidade de São Paulo, conforme levantamento da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio – Embraesp, seguiu a tradição e alcançou apenas 590 unidades, volume 54,5% superior a janeiro de 2009 (em plena crise global) e 17,5% inferior a igual período de 2008.

Acesse o link abaixo para conferir a íntegra da Pesquisa, mapas, gráficos e tabelas, que agora trazem também a classificação por metro quadrado de área útil.

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