Construção de casas por impressora 3D elimina tempo e custos
De guindaste à impressora 3D, as tecnologias da construção civil não se limitam a mudar os cenários do setor. De modo geral, elas chegam promovendo avanços em todas as áreas da economia e não é algo para o futuro, são processos que já estão sendo inseridos no presente.
As tecnologias já cumprem as funções de agilizar os processos, reduzir custos, eliminar retrabalhos e gerar maior eficiência. Imagine acrescentar a essa equação construir uma casa em poucas horas, com materiais resistentes e custos baixos. É o que promete a construção por meio de impressora 3D. Mas será que isso será possível para a realidade brasileira.
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Como funciona
A construção de uma casa feita por meio de uma impressora 3D elimina etapas do processo, resultando em uma redução do tempo para que o projeto seja concluído e também diminuindo os custos, já que utiliza pouco material e também pouca mão de obra.
Na hora de construir, a impressora é levada até o local e ela é posicionada para injetar o material em um molde camada por camada e, justamente por isso, o resultado nos primeiros testes ainda têm deixado um aspecto visual mais rústico da casa. Só depois que as paredes secam é que a construção recebe as portas, janelas e teto.
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Realidade brasileira
Já existem testes com casas construídas através de impressora 3D, mas a tecnologia ainda não chegou a uma escala comercial. No Brasil, no entanto, essa ainda é uma realidade distante.
“Acredito que é um horizonte meio longe, vai levar alguns anos. Ela tem que atingir o básico, ser um método barato, eficiente e resistente. Ainda é prematuro falar em escala comercial para o Brasil”, explica Serapião Bispo, diretor de Ciência e Tecnologia do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon-PE).
O uso de impressoras 3D para a construção de casas esbarra em duas questões para ser implementada no Brasil. “Não acredito que esse seja o caminho para diminuir o déficit habitacional, não acredito que terá escala de grandes proporções, precisa industrializar a construção. Por outro, se ela fosse implementada, reduziria a geração de empregos na construção civil. Por isso, é preciso dar saltos proporcionais”, acrescenta.
Experiências no mundo
Várias experiências já estão sendo feitas ao redor do mundo com a tecnologia. Em Nantes, uma família francesa foi a primeira a morar em uma casa construída com impressora 3D. O imóvel é ainda um protótipo e conta com 95 metros quadrados, com quatro quartos.
A impressão durou 54 horas, mas a conclusão das portas, janelas e tetos durou quatro meses. A casa teve valor de US$ 234 mil (aproximadamente R$ 900 mil), uma economia de 20% no custo de uma construção tradicional.
Outro exemplo aconteceu com uma parceria entre a ONG New Story e a construtora Icon, que resultou na construção de uma casa de concreto de 35 m² em 48 horas, em Austin, no Texas. O projeto agora é construir ainda neste mais 100 casas deste tipo em uma pequena comunidade de El Salvador.
A cidade holandesa Eindhoven anunciou no ano passado um projeto para construir um complexo imobiliário para moradia com cinco casas feitas com a ajuda de impressoras 3D.
Outras tecnologias
Enquanto a construção civil brasileira ainda aguarda a efetivação de processos como a construção de casas por meio de impressora 3D, vale ressaltar que outras tecnologias já são realidade no setor brasileiro, como é o caso do BIM (sigla para Building Information Modeling). Ele cria modelos virtuais de uma construção que permitem um maior controle ao longo de todo o processo.
“Com o BIM, é possível perceber todas as dimensões, o projeto é modelado e acompanhado como um todo. É possível saber todos os níveis da construção, prever quantidade de material que será usado, eliminando desperdício de material e também de tempo, já que elimina etapas de reconstrução. Desta forma, torna a obra também mais eficiente e sustentável“, afirma Serapião Bispo.
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