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Instituição financeira visa impulsionar linha de crédito para habitação

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Nédio Henrique Rosselli Filho, gerente regional da construção civil da superintendência paulista da CEF (Foto: Divulgação)

Com o mercado aquecido, a Caixa Econômica Federal (CEF) garante que o orçamento inicial de crédito para habitação neste ano seja de R$ 90 bilhões, podendo ser ampliado de acordo com a demanda do País. Em 2011, foram efetivadas, em média, 4.200 contratações de unidades habitacionais por dia. A expectativa é de manter o ritmo de crescimento em 2012. O InfoZAP entrevistou Nédio Henrique Rosselli Filho, gerente regional da construção civil da superintendência paulista da CEF, que falou sobre o novo produto direcionado às construtoras e deve ser lançado neste ano.

InfoZAPA Caixa Econômica Federal planeja incrementar suas linhas de crédito para habitação?
Nédio Henrique Rosselli FilhoO mercado continua muito aquecido. A Caixa Econômica Federal vem oferecendo empréstimos no mesmo ritmo do ano passado. Nós já temos uma linha de crédito de habitação para consumidores de todas as classes sociais, ou por exemplo, para construção, aquisição de terreno próprio e reforma. Inclusive oferecemos o Construcard, que é um cartão com o qual você pode financiar materiais de construção. Para pessoas jurídicas disponibilizamos um portfólio grande de produtos, mas este ano estamos providenciando um novo produto para esses clientes.

Como irá funcionar este produto novo?
O produto será uma adaptação do Construir, que sofrerá algumas modificações. Vai ser um recurso de empréstimo que a Caixa fará diretamente para quem produz o imóvel. Assim, o financiado receberá o recurso de acordo com a evolução da construção e com prazo de carência no final para poder retornar o valor emprestado.

Haverá recurso suficiente para habitação nos próximos anos?
A economia vem crescendo bastante. Desta forma, a arrecadação do Fundo de Garantia tem se mantido crescente também. Isso é uma das principais fontes de recursos para crédito imobiliário, principalmente para famílias com renda de até dez salários mínimos ou por volta de R$ 5 mil. O restante dos lançamentos é feito com recursos da poupança. Neste ano não temos problema de direcionamento de recurso de poupança para crédito imobiliário, porém em um determinado momento pode haver uma redução. Mas o mercado está otimista e já pensa em alternativas.

A Caixa acredita que o poder de compra do brasileiro pode comprometer o sistema de crédito?
Temos ainda muito espaço para crescer. Hoje, o crédito imobiliário representa 4,1% do Produto Interno Bruto brasileiro. Enquanto isso, países da América Latina, como o Chile, têm mais que o dobro disso. Há países que superam os 100%. Além disso, acreditamos que o preço dos imóveis já cresceu bastante. Agora é uma tendência de manutenção deste valor com menos possibilidades de elevações bruscas. Atualmente os contratos imobiliários oferecem uma segurança muito grande. Um cliente que deixa de pagar três parcelas já está sujeito a perder a posse do imóvel. Então são garantias para que o sistema continue funcionando, com pagamentos feitos em dia. Outro fator que dá tranquilidade ao mercado é a meta que o governo estipulou para o programa “Minha Casa, Minha Vida” de um milhão de moradias para dois milhões. Assim, o governo garante subsídio, facilidade de taxa de juros e prazos mais longos para que a demanda desses imóveis consiga viabilizar os financiamentos.

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