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Novos limites do FGTS não devem elevar preços dos imóveis, diz sindicato

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Apesar das expectativas do mercado que o novo limite para a compra de imóveis com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) irá encarecer as unidades, o Secovi-SP (sindicato da habitação) descartou a possibilidade da alta nos preços neste momento.

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O governo elevou o valor máximo de compra de imóveis com o FGTS para R$ 750 mil nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal (Foto: Banco de Imagens / Think Stock)

Na avaliação do presidente da entidade, Claudio Bernardes, a mudança eliminará as restrições impostas à classe média brasileira e que o novo teto não inflacionará os preços no mercado imobiliário.

“Nos últimos cinco anos, e após longo período de represamento, os valores foram reajustados. Agora, porém, o setor já vem passando por uma zona de acomodação, sem tendência de altas significativas, mas alinhadas com a inflação. O atual limite do FGTS nada mais é do que uma adequação ao que acontece na prática, trazendo igualdade de oportunidades para as famílias de média renda”, afirmou, via nota.

No início do mês, o governo elevou o valor máximo de compra de imóveis com o fundo para R$ 750 mil, o qual passou a vigorar nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal.

Já para os demais estados do Brasil, o limite aumentou para R$ 650 mil. A medida só vai valer para novos financiamentos.

Mesmo assim, o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, Emilio Kallas, justificou que não há razões para uma escalada de preços. “O mercado sabe que tem de ofertar unidades condizentes com o poder de compra da população”, analisou.

Ainda segundo ele, é questão de bom senso conter aumentos indevidos e, assim, garantir maior volume de lançamentos e vendas, em bases saudáveis e sustentáveis.

“Essa postura também será importante para inibir a especulação e o encarecimento dos terrenos, fator que está na raiz das fortes elevações, decorrentes de legislações urbanas restritivas e da obrigação de contrapartidas financeiras que oneram o custo final da habitação. Aliás, esperamos que tais problemas sejam atenuados na revisão do Plano Diretor Estratégico de São Paulo”, completou.

O sindicato, no comunicado, acrescentou ainda que “os sucessivos aumentos dos custos de produção e a valorização dos terrenos ocorrida nas principais cidades do país impactaram duramente o custo final dos imóveis e, com isso, impediram o acesso à moradia por milhares de famílias que precisavam usar os recursos do FGTS para comprar sua unidade”.

Para a entidade, o teto de R$ 500 mil há tempos deixou de condizer com os valores praticados no mercado imobiliário brasileiro.

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