Quarto sobrando em casa: conheça vantagens e desvantagens de alugá-lo

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Em tempos de crise, alugar um quarto que está vazio na sua casa pode render um dinheiro extra muito bem-vindo, que ajuda a pagar as despesas mensais com o imóvel, ou seja, uma opção cheia de vantagens. Mas saiba muito bem quem é a pessoa que você vai colocar dentro de casa. Geralmente, a iniciativa é usada para acomodar viajantes.

“A venda ou locação de imóveis não é tão rápida para se concretizar. Alugando quartos, o proprietário pode ter um retorno bem mais rápido do que nos formatos tradicionais. Pode ter contratos menores com os inquilinos, facilitando eventual venda do imóvel”, explica Felipe Ramos, CEO da Easy Houses, empresa que ajuda a unir locadores e locatários.

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Conseguir um público é algo que pode demorar para acontecer (Foto: Shutterstock)

Segundo a empresa Airbnb, os quartos privativos representam 27% dos anúncios em sua plataforma no Brasil e os compartilhados ficam em 2% do total. “A pessoa que decide alugar o quarto de sua casa deve deixar as regras muito claras, tais como horário de chegada e saída, o uso da cozinha, presença de animais e conversar para alinhar as expectativas das duas partes”, diz a empresa.

Felipe Ramos explica que em primeiro lugar o interessado em alugar deve ver em seu condomínio e no contrato de aluguel (se for o caso) se é possível fazer sublocação dos quartos.

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Caso o imóvel pertença a um condomínio, é preciso verificar com a administradora (Foto: Shutterstock)

“No passado, a grande maioria das pessoas que alugam quartos era formada por estudantes. Hoje já virou um estilo de vida, vemos desde empreendedores e jovens profissionais até idosos”.

O CEO da Easy Houses acha que vale muito a pena. O valor médio por quarto em Belo Horizonte, por exemplo, é de R$ 700, podendo chegar até R$ 2 mil. “O anfitrião deve oferecer uma casa mobiliada, com itens básicos para uma moradia, como geladeira, fogão, máquina de lavar, cama, talheres. Quanto mais montado o apartamento estiver, mais o anfitrião poderá cobrar”.

Desvantagens

A falta de garantias iguais às do mercado tradicional de aluguéis e o risco das pessoas não se darem bem morando juntas são dois principais empecilhos.

“Por isso sugerimos que não tenha tanta burocracia para rescindir um contrato e utilize caução como forma de garantia, em vez de fiadores ou seguro-fiança. Caso uma pessoa não se adapte, o melhor a fazer é trocar de hóspede”, pontua Ramos.

Mesmo sem ser obrigatório, o ideal é formalizar um contrato. Ainda não existe uma regularização correta para essa modalidade de aluguel. Defina no documento as regras da casa e de conivência, benefícios da moradia, valores da locação e garantias.

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Um bom anúncio é fundamental para que conseguir sucesso em aplicativos (Foto: Shutterstock)

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Ao criar seu anúncio, deve-se colocar todas as características do espaço. Por exemplo, se pode ou não usar a cozinha e quais utensílios estão disponíveis, se há conexão à internet e as regras gerais da casa.

Aviso o síndico
No Brasil, a atividade de locação realizada entre anfitriões e hóspedes é o aluguel por temporada, previsto e regulamentado pela Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991). O proprietário do imóvel usufrui de seu livre direito de propriedade para compartilhar sua casa.

O que as pessoas buscam
O importante é que o espaço esteja limpo e seja igual ao que você descreveu no anúncio, afinal, as pessoas gostam de ter suas expectativas atendidas. “Cada viajante valoriza um item diferente, mas itens de higiene para o banho (shampoo e sabonete) ou mesmo uma lista de dicas de locais para comer e se divertir são um diferencial. Um ambiente bem equipado valoriza o imóvel e aumenta a chance de atrair mais hóspedes”, explica Leonardo Tristão, diretor-geral do Airbnb no Brasil.

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