Vagas de garagem encarecem imóveis em até 12% e geram discussões. Saiba o que diz a legislação
Ter carro virou quase uma exigência para acompanhar a correria da vida nas grandes cidades. O problema é: o que fazer com eles quando não estão sendo usados? Os condomínios atuais resolveram a questão colocando mais vagas do que o número de unidades. Mas, para aqueles que ainda moram em prédios antigos, quando o item era para lá de supérfluo, a discórdia entre os moradores é quase inevitável.
Visitantes podem estacionar no prédio? Posso alugar o espaço para terceiros? De acordo com a legislação, estando na escritura, o proprietário pode fazer o que quiser com o bem, mas, na verdade, quem estabelece essas regras é a convenção de condomínio. E é aí que mora o perigo.
Além da confusão, optar por um apartamento com local para o carro pesa no bolso. De acordo com uma pesquisa do Sindicato da Habitação, Secovi Rio, a vaga encarece em até 12,2% o valor de um apartamento de dois quartos na Tijuca. Ou seja, o locatário paga cerca de R$420 apenas para ter onde colocar o carro. Mas será que esse custo vale?
Para a jornalista Fernanda Con”Andra, de 32 anos, o valor pago pela vaga não compensava. Com bons argumentos, ela conseguiu algo raro no mercado: desvincular a garagem do apartamento que aluga no Centro do Rio.
“Como a convenção não permitia a locação da vaga para não moradores, negociei com a imobiliário e consegui R$ 160 de desconto”, conta.