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Vedete do mercado, apartamentos compactos triplicam em São Paulo

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Com a frequente alta dos valores dos imóveis na cidade de São Paulo e o novo estilo de vida do consumidor, a procura por apartamentos compactos (com área útil de até 45 metros quadrados) influenciou diretamente no mercado imobiliário em 2013.

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Um levantamento realizado pela Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) apontou que até agosto deste ano foram lançados 4.741 apartamentos compactos, número três vezes maior do que o verificado em 2012, quando o mercado recebeu 1.403 imóveis deste perfil.

Pesquisa apontou que até agosto deste ano foram lançados 4.741 apartamentos compactos, número três vezes maior do que o verificado em 2012 (Fotos: Banco de Imagens / Thinkstock)

Para os especialistas do mercado, este aumento na construção de unidades com tamanhos menores é impulsionado por diversos fatores. Um deles é a questão do preço.

“A alta no valor do metro quadrado dos imóveis nos últimos anos contribuiu para este cenário. Uma pessoa que comprava um determinado apartamento com R$ 100 mil, hoje em dia ela não adquiri o mesmo bem com igual valor”, compara Rafael Rossi, fundador da incorporadora Huma Desenvolvimento Imobiliário, em entrevista ao ZAP Imóveis.

“Além disso, os consumidores atualmente têm aberto mão da metragem em prol da localização. Elas estão começando a perceber que é mais vantajoso morar em um apartamento pequeno e bem localizado do que em um imóvel grande e afastado”, completou.

Outro importante fator para a alta nesta demanda foi o chamado “novo arranjo familiar”, já que há mais pessoas morando sozinhas, sejam solteiras, jovens que casam mais tarde ou que tenham poucos filhos, além de divorciados ou idosos.

“O recente aumento do custo das empregadas domésticas também interferiu. Um apartamento menor é mais fácil de limpar e não precisa de empregada. Então, as pessoas têm optado por morar em prédios que já ofereçam esses serviços. E o mercado acompanha este movimento. O aumento das unidades mais compactas é devido a essa transformação do perfil do comprador”, analisa Rossi.

Os imóveis de dimensões reduzidas causaram uma queda de até 67,5% na oferta dos apartamentos mais amplos

Vedetes do mercado, os imóveis de dimensões reduzidas causaram até uma queda na oferta dos apartamentos mais amplos.

Ainda segundo dados da Embraesp, compilados pelo Secovi-SP (sindicato da habitação), houve uma redução de 45,9% no número de lançamentos de três dormitórios na capital paulista entre os primeiros semestres de 2008 e 2013. Caiu de 6.100 unidades lançadas há cinco anos para 3.300 até o último mês de junho.

Já no segmento de quatro quartos, a maior tipologia do mercado, o recuo foi ainda mais significativo, de 67,5%. Foram 4.300 unidades ante as 1.400 no mesmo intervalo de comparação.

“A explicação para o bom momento são os lançamentos de produtos que atendem à demanda por novas moradias e com valores que cabem no bolso do consumidor”, avaliou Claudio Bernardes, presidente do Secovi, via nota.

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