As soluções estão cada vez mais na palma das mãos dos brasileiros. O acesso mais fácil aos smartphones e o uso da tecnologia crescem exponencialmente a cada ano e, conjugados, tornam-se facilitadores no dia a dia dos brasileiros. Pesquisa encomendada pelo Google revela que, em quatro anos – entre 2012 e 2016 -, o número de pessoas que usam o celular cresceu de 12% para 64% no Brasil. É uma tendência já concreta e o mercado, em todos os segmentos, tem se adaptado de forma rápida a essa realidade. Na construção, a tecnologia já se tornou um diferencial nos empreendimentos e construtoras buscam soluções.
Um exemplo do uso de tecnologia é o empreendimento Moou, na Vila Madalena, em São Paulo. O edifício residencial conta com aplicativo próprio que dá acesso a diversos serviços dentro do condomínio, dando características antes mais voltadas para hotelaria e flats.
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Para Silvio Kozuchowicz, presidente da SKR, o aplicativo não vai apenas facilitar a vida dos moradores, mas traz também um diferencial na experiência com o empreendimento e na convivência entre os próprios moradores. “Dois componentes neste empreendimento são importantes: o projeto arquitetônico e a tecnologia. Existe a importância de como o prédio foi pensado e nós também entendemos o condomínio como uma comunidade e estamos trabalhando na experiência dos moradores pós-entrega. A ideia é levar comodidade e hospitalidade como elementos de qualidade que antes só existiam em flats e hotéis. Estamos estabelecendo uma vanguarda de uma experiência como um todo”, afirma.
O aplicativo, batizado de Compass, garante uma série de facilidades para a rotina dos moradores. Muitas delas são voltadas para serviços e outras focadas na convivência. Através dele, é possível realizar a comunicação interna, solicitar serviços e manutenção, avisar da chegada de uma visita à portaria sem precisar utilizar o interfone, manter um chat com a própria comunidade do edifício, acessar o mural de eventos, reservar áreas do condomínio – como o salão de festas – e ainda adquirir pequenos itens de consumo e amenidades. “A ideia é ativar as áreas comuns do edifício e torná-las uma extensão do apartamento”, ressalta o executivo. Existem ainda parceiros externos que vão dar a possibilidade de ter acesso, através do Compass, a diaristas, lavanderia online, massagistas e até passeios de pets.
Outras tecnologias também fazem parte do empreendimento, como wifi em áreas comuns e compartilhamento de bicicletas. Os apartamentos também estão favorecidos, com tomadas USB em todos os apartamentos, estrutura de cabeamento de internet e preparação para automação.
Para Manoel da Silveria Maia, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado do Rio de Janeiro (Creci-RJ), as novas tecnologias voltadas ao mercado imobiliário tendem a agregar valor ao imóvel e a gerar mais interesse por parte de quem busca um apartamento. “A aceitação e o interesse são maiores. Quando o cliente percebe a aplicação dos benefícios da tecnologia no imóvel e os impactos e facilidades que poderá ter ao adquirir a unidade, com certeza estará mais inclinado a concretizar a compra”, afirma.
Ainda assim, como a tecnologia é uma tendência que ainda vem se fortalecendo no mercado imobiliário, o uso dela pode gerar um certo receio por parte dos consumidores em relação aos preços. Mas Kozuchowicz garante que o investimento não interfere no valor final. “A tecnologia tem, sim, um custo, mas ele não influencia no preço do imóvel”, reforça.
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