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Saiba como deve ser um jardim japonês e monte o seu

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Entender um jardim japonês não é uma tarefa das mais simples. Impregnado de simbologias, misticismo e poder espiritual, ele provoca uma forte reflexão sobre qual é o verdadeiro significado da vida.

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Os elementos filosóficos, religiosos e os signos têm importância maior do que as texturas, formas e cores num jardim japonês (Fotos: Shutterstock)

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Segundo Mon Liu, paisagista e professora do curso de Feng Shui para Design de Interiores do Senac, nada está ali por acaso, pois tudo que compõe esse espaço minimalista é indispensável e tem um propósito. “A integração entre os elementos é parte do conceito, não há hierarquia, pois eles dialogam entre si, nada deve destoar e chamar mais atenção que o entorno”, explica.

Mon Liu avisa que o jardim japonês exige respeito e devoção do observador. “É uma representação do cosmos e trabalha o autoconhecimento. É imprescindível uma dose de despojamento, certa abstração e pureza de espírito, pois ele evoca a paz interior e a arte da contemplação.”

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A vegetação remete à eternidade e afasta os maus espíritos (Foto: Reprodução- Pinterest)

Os elementos filosóficos, religiosos e os signos têm importância maior do que as texturas, formas e cores dos jardins tradicionais. O formato é orgânico, mimese da natureza: assimetria e sinuosidade são as palavras de ordem.

De acordo com a paisagista, alguns dos elementos sagrados que podem estar presentes neste tipo de jardim são:

– Montanha: representada por uma rocha ou pedras maiores;

– Cascata e pequenos riachos: simbolizada por pedriscos e pedregulhos;

– Mar (água): areia, pedriscos e cascalhos;

– Floresta: plantas;

– Templo: torre de pedra ou torô (lanterna de pedra, madeira ou metal).

A água natural ou a sua representação por meio de areia ou cascalhos remete ao oceano, à purificação e ao percurso da vida. Atua como um espelho para que o indivíduo se encontre na sua essência e alcance o equilíbrio.

“Se existe um pequeno lago no traçado ele trabalha a serenidade. O caminho das águas corre de leste para oeste? A intenção é levar o mal embora. Caso o fluxo seja do norte para o sul, atrai sorte e fortuna”, ensina.

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O jardim japonês evoca a paz interior e a arte da contemplação (Foto: Shuitterstock)

O objetivo de ter no jardim pequenos monjolos é afastar animais e marcar a passagem do tempo. As pontes são portais, passagens para outras dimensões. Um lago com carpas protege os moradores e traz prosperidade. O torô representa a sabedoria e a luz divina.

A vegetação remete à eternidade e afasta os maus espíritos. Algumas das espécies mais usadas são tuia, cerejeira, bambu, podocarpo, azaleia, eugênia, raphis, camélia, ligustro variegata, mini romã, buxinho, nandina, mini calistemo, gardênia, jasmim dos poetas, magnólia, pitósporo e arália.

“Os antigos acreditavam que as pedras eram moradas dos deuses e simbolizavam também os ancestrais”, explica. As pedras escolhidas normalmente são de leitos de rios ou da terra, não utilizadas anteriormente, e são mais valorizadas ainda se tiverem musgo ou ferrugem.

Mon Liu revela que três pedras representam a divindade, a terra e o céu; cinco ou sete são números da felicidade e harmonia. “Se você estiver passando por uma crise existencial e quer saber que rumo tomar, vá para um jardim japonês”, sugere.

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