Automação traz o futuro para dentro das casas
O ano é 2007, mas bem que poderia ser 2017 ou 2027. Do ponto de vista da tecnologia e automação residencial, o futuro é agora. Sistemas de comando por voz e monitoramento da rotina da casa via celular, considerados ficção até há pouco tempo, já podem ser vivenciados em muitas residências de hoje.
“A gente entende que o que vai ser casa do futuro já está sendo. Estamos passando por revolução. As casas já estão mais inteligentes, já interagem mais com os usuários de forma cada vez mais intuitiva”, relata o arquiteto e diretor-técnico da empresa de tecnologia e automação residencial Casa do Futuro.Com, Marcelo Pacheco.
As câmeras de segurança, sistemas de alarme, irrigação, iluminação e aquecimento, o sobe-desce das persianas, os aparelhos eletroeletrônicos (TV, DVD, home theater, Ipod etc), a lareira, o gás e o fogão e até a abertura do toldo que cobre o quintal podem ser operados por um único painel de controle, pela internet ou pelo telefone celular.
“Isso tudo é real e já está implementado em diversos imóveis. A tendência é que os produtos fiquem cada vez mais barato e mais acessível para as famílias”, completa Pacheco.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside), Thales Cavalcanti, o barateamento de alguns recursos tecnológicos está aproximando o futuro de outras classes sociais. Prova disso é que o mercado cresceu no ano passado o triplo na comparação com 2005. De acordo com ele, os equipamentos da área de segurança ainda são os mais requisitados. Na sequência vêm as áreas de iluminação, entretenimento, centrais telefônicas e climatização.
Mas para o futuro, acredita Cavalcanti, sistemas de reúso de água devem ganhar mais impulsão. “Essa é uma questão recorrente. Com a conscientização das pessoas, o reaproveitamento da água com o uso da tecnologia será fator básico em todos os projetos de arquitetura”.
Também é com as atenções voltadas para a questão da sustentabilidade que o integrador de sistemas da TAAG Automação Residencial, Edson Freitas, avalia a importância das novas tecnologias na casa do futuro. “Alguns níveis de sustentabilidade só podem ser atingidos com a automação.”
Ele exemplifica: “uma luz a 50% de intensidade gasta menos que a metade de energia. Em uma situação de jantar, por exemplo, a luz fica a 75% na sala e a 5% no resto da casa”. E para aqueles que pensam que a automação tem custo exorbitante, Freitas esclarece: “Temos projetos a partir de R$ 5 mil”.