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Integração: chave da casa do futuro

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DivulgaçãoZap o especialista em imóveisPoucas divisões, muitas transparências e interação com a natureza. Essa é a tendência da casa do futuro, uma moradia com mais qualidade de vida

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Através das paredes de vidro, enxerga-se, do outro extremo da sala, quatro ambientes e o jardim de vegetação local do lado de fora. Pela mesma divisória transparente o sol penetra com intensidade suficiente para inutilizar qualquer recurso artificial de iluminação. Vãos projetados estrategicamente também tornam desnecessário o ar condicionado. A água que sai da torneira é a mesma que vem da chuva. Já a que sai do chuveiro é usada para irrigar plantas e a descarga da privada. Tudo parece palpável e contemporâneo, mas forma, ao mesmo tempo, um conceito de moradia moderno e inovador. Bem-vindo à casa do futuro.

A descrição acima foi feita com base nos prognósticos de arquitetos, engenheiros, paisagistas e especialistas em automação residencial incitados pela reportagem à traçar como serão as casas nas próximas décadas. Em alguns casos, houve divergências e conflitos de visões. Mas, no cerne da questão, as opiniões tenderam a um ponto comum, mais simplista que quaisquer denominações da moda. A casa do futuro é aquela que integra as novas tecnologias e se interage com a natureza.

A explicação: o emprego de recursos eletrônicos acoplados a um comando central traz mais conforto e segurança aos moradores. Quesitos estes que mais estão em voga. Já a utilização de materiais reciclados ou renováveis e a diminuição do consumo de água e energia reforçam uma mobilização mundial pela preservação do meio ambiente, que já virou uma tendência. E ambos são considerados caminhos sem volta pelos especialistas.

“Pensar na casa do futuro é pensar no futuro da humanidade. A tecnologia e a sustentabilidade permeando todos os projetos e estabelecendo uma conexão não só em termos de conhecimento e informação para trazer conforto e segurança, mas também com o meio ambiente, com o bom aproveitamento da água, do ar e da luz”, sentencia a arquiteta e vice-presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), Betty Birger.

Professora do Departamento de Tecnologia da Arquitetura da Faculdade de Arquitetura de Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), a engenheira civil Denise Duarte vai além: pensa a casa do futuro como parte de um todo. “É difícil isolar o edifício do seu contexto urbano. Então, a casa do futuro estará diretamente relacionada com o seu entorno, com a cidade onde está situada”.

Embora demonstre ser um pouco mais reticente, as previsões da engenheira seguem na mesma linha que a da arquiteta. “Como já acontece em outros lugares, as residências devem interagir com a cidade de uma maneira mais sustentável, reaproveitando e reciclando os materiais”, completa. A tecnologia, no caso, viria como o principal recurso para garantir a sustentabilidade dos imóveis.

É justamente defendendo o uso de materiais sustentáveis como pilastra dos novos projetos que o coordenador do Núcleo de Pesquisas em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da USP, Ualfrido Del Carlo, condena a arquitetura tradicional como um dos principais vilões do mundo e define sua visão da casa do futuro.

“Os novos projetos devem ser focados na questão da sustentabilidade, na contenção do desperdício. A casa no futuro deve apresentar um melhor desenvolvimento, com construção de baixo impacto ambiental e ter um bom desempenho, ou seja, ser confortável em todas as situações”, explica.

Já arquiteto e integrador de sistemas Marcelo Pacheco confere aos colegas de profissão uma parcela da responsabilidade social inerentes à casa do futuro. “A casa do futuro será cada mais inteligente e ecologicamente correta. Tudo tende a partir, cada vez mais, do projeto. Os arquitetos vão ter uma função chave neste sentido.”

 

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