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Pintura da fachada é o recurso mais utilizado

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Epitacio Pessoa/AEZap o especialista em imóveisÀs vezes, a solução é simples, como retocar e repintar a fachada, como no caso a cima, na Rua do Gasômetro

“Nada como duas demãos de tinta.” Essa solução é apontada por diversos comerciantes do Centro de São Paulo como a melhor para cobrir a degradação encontrada nas fachadas dos imóveis após a retirada da publicidade. E tem sido a mais utilizada por conta do baixo custo e da facilidade na execução, sem grandes transtornos para os clientes.

Ainda assim, alertam arquitetos e especialistas em fachadas, é preciso atentar-se a uma série de cuidados, desde a escolha do produto até o estado da estrutura a ser pintada. “Sem dúvida, a solução de 90% do comércio se resolve com duas demãos de pintura. Mas, antes de pintar, o comerciante deve reparar a estrutura, rebocar os pontos de chumbamento, se preciso”, aconselha Carlos Zibel, arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

O alerta, contudo, é para a mistura e combinação correta das cores. “São Paulo estava muito cinza, precisando de cor. Mas as pessoas devem tomar cuidado e procurar o equilíbrio das cores”, explica o sócio-diretor da Compacta Engenharia, Raul Antônio Nahas.

Cores e produtos para diferenciar a fachada e renovar o ambiente não faltam no mercado. Basta saber adquirir o material mais apropriado. “As fachadas, por estarem expostas ao tempo, aos poluentes e a outros fatores que agridem as paredes, devem ser pintadas, preferencialmente, com tintas à base de resina acrílica, ou seja: as tintas látex acrílicas. Como é muito comum as paredes externas possuírem algumas imperfeições, usa-se, preferencialmente, as tintas acrílicas foscas”, explica o coordenador de serviços ao mercado da Suvinil, Kleber Jorge Doneff Tammerik.

Outra fórmula indicada para a pintura de fachadas é a da texturização. “A textura é recomendável, principalmente, onde é preciso rapidez no reparo da obra, porque ela, além de precisar de uma mão única, também corrige imperfeições”, afirma o supervisor de atendimento ao consumidor da Tintas Coral, Gerson Martins.

Lei

Mesmo que incentivados a usar e abusar da pintura por especialistas, os comerciantes devem lembrar que as pinturas que contenham letras símbolos e logomarca têm de obedecer às metragens expressas na Lei Cidade Limpa. “Todo o tipo de informação referente ao estabelecimento, como nome e telefone, deve estar nos anúncios indicativos”, explica Regina Monteiro, diretora de Meio Ambiente e Paisagem Urbana da Empresa Municipal de Urbanização. Ela aconselha ainda que os comerciantes valorizem os detalhes arquitetônicos com cores diferentes e evitem deixar grandes planos na mesma cor para não atrair as ações de pichadores.

De volta às boas e velhas soluções 

Com as novas exigências da Lei Cidade Limpa, arquitetos e especialistas acreditam que antigos recursos visuais, utilizados décadas atrás, devem vir à tona na onda de reformas e restaurações de fachadas. Dois deles seriam as letras-caixa e o neon.

“Aquele que souber aproveitar a questão da visibilidade, privilegiar letras-caixa, que são mais eficientes, vão se dar bem. Pode-se utilizar também o neon. As fachadas mais antigas usavam com sabedoria isso, e o seu uso deve voltar, porque se torna mais atrativo do ponto de vista da informação”, acredita o arquiteto Issao Minami, especialista em Comunicação Visual e Urbanismo.

Já a arquiteta Marta Rosolino indica uma linha de elementos que vai de painéis de madeira e cerâmica à placas de vidro e metal perfuradas. “O que vai chamar a atenção do consumidor é a beleza do conjunto. O que acontecia anteriormente é que fechava-se a fachada com uma enorme painel que escondia tudo. Agora, as pessoas vão investir mais na restauração do imóvel”, conta Marta.

Segundo ela, é o conjunto de duas etapas fundamentais que deixará o estabelecimento de cara nova. “Primeiro, vem a reforma da fachada, e, depois, a instalação da placa indicativa, fazendo com que o conjunto fique agradável e harmonioso”, conta.

Marta acredita ainda que as exigências e os efeitos da nova lei servirão como um bom exercício de percepção à população. “Aos poucos, as pessoas vão percebendo que existem novos elementos que podem ajudar a divulgar o nome e a marca da loja”, completa.

 

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