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Realização do sonho pré-fabricado

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Robson Fernandjes/AEZap o especialista em imóveisA paisagista Daniella Mantovani, em sua casa pré-fabricada de madeira, em condomínio na Serra da Cantareira

Mais do que uma quantia considerável na poupança e um terreno em uma região bem avaliada, quem pretende construir uma casa pré-fabricada de madeira deve ter, acima de tudo, paixão por esse tipo de imóvel, avisa o publicitário Adston Mantovani Júnior, de 34 anos, que, há cinco, realizou o sonho de erguer sua casa de madeira na Serra da Cantareira, Zona Norte da Capital.

“O que me motivou a construir uma casa pré-fabricada nem foi tanto o custo dela (30% mais barato), mas sim porque eu sempre quis”, afirma o ex-morador do bairro Santana, também na Zona Norte de São Paulo.

Segundo ele, a residência de madeira requer mais atenção e manutenção por parte do morador se comparada a uma casa de alvenaria convencional. “Quem gosta de casa de madeira tem de ser muito atento a ela, porque você tem de ficar de olho em tudo”, conta o publicitário.

A paisagista Daniella, mulher de Mantovani aponta algumas desvantagens: “A limpeza é um pouco mais trabalhosa. Tem de ter capricho e envernizar freqüentemente para a casa não ficar com a impressão de velha”. Já o publicitário destaca a predominância de ambientes escuros dentro da casa, por conta da madeira, e a dificuldade em fazer certos reparos, como possíveis vazamentos.

“Mas todas elas (desvantagens) são muito pequenas perto das vantagens. A casa fica muito mais harmoniosa. A sensação de bem estar que a madeira traz para quem mora é muito grande. É sempre um chalezinho no alto da montanha”, descreve. Mantovani enfatizou ainda o fato de a casa de madeira ser fria no verão e quente no inverno.

As dicas do publicitário, certamente, vão servir para casais como o pastor evangélico Wagner Köhler, de 36 anos, e a florista Ana Cláudia, 34, que começaram nesta semana a pesquisar casas de madeira com a esperança de realizarem um sonho antigo. Desde que se casaram, há 14 anos, ambos já vislumbravam o dia em que morariam em uma casa de madeira. E o projeto da casa pré-fabricada oferecido pelas construtoras parece estar tornando esse sonho cada vez mais viável.

“A gente vê isso como uma boa opção. A vantagem é que você contrata uma empresa que faz tudo, e você não tem dor de cabeça com a obra e nem se perde nos números dela”, diz Köhler. “A estética da madeira é muito bonita, e a rapidez da construção é um atrativo”, completa a esposa do casal, que pretende continuar morando em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

O que se deve levar em conta 

Prós
Metro quadrado 30% mais barato que o de um imóvel de
alvenaria convencional

Praticidade e rapidez na construção (100m2 entrega em 120 dias úteis)

É térmica (fria no verão e quente no inverno)

Preço final da obra fechado antes do início de sua execução

Não há desperdício de materiais de construção

Estilo de moradia harmonioso com a natureza

Contras

Ambientes internos mais escuros por causa da madeira

Manutenção requerida com maior freqüência

Desvalorização mais rápida do imóvel

Seguro residencial até 50% mais caro que o de
casas de alvenaria

Cultura trava crescimento do segmento

 
Na América do Norte, elas são tão comuns quanto as lojas fast food. Na Europa, compõem há séculos o padrão de moradia em diversas regiões do continente. Mas no Brasil (salvo em algumas cidades do Sul do País), ainda são renegadas a segundo plano. O motivo, além de preconceito e falta de informação, quem define é a historiadora e promotora de vendas Márcia Fazoli: “Nossa cultura é que não é receptiva ao produto”.

Segundo ela, muitos consumidores chegam nos escritórios com uma imagem deturpada do material e, principalmente, do preço. “Algumas pessoas acham que vão construir uma casa de madeira com R$ 10 mil. Isso é fora da realidade”, afirma. Fazoli diz também que boa parte dos seus clientes ainda é formada por descendentes de europeus ou pessoas que admiram mais a arquitetura e o estilo colonial.

Há cerca de 20 anos no mercado, os modelos pré-fabricados sofreram variações nas vendas durante o período, mas nunca alcançaram o sólido patamar do comércio da alvenaria convencional. O aumento do preço da matéria-prima (importada da região sul) nos últimos anos e o alto índice de criminalidade nos grandes centros urbanos também impedem que o segmento cresça. Muitos ainda vêem as casas de madeira como sendo inseguras.

Outro fator seria o valor do seguro residencial. O preço conferido a uma casa pré-fabricada de madeira em área urbana chega a ser 50% mais caro que o da de alvenaria. O risco maior de incêndio, explosão e queda de raios é o principal causador desse acréscimo.

Consultores de venda disseram ainda que o mercado das casas de madeira começa a se aquecer nesta época do ano. Entre os meses de novembro e fevereiro as vendas sofrem ligeira queda.

 

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