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Condomínio fica até 9,1% mais caro

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A taxa de condomínio cobrada de quem mora em edifícios da Capital subiu em média 2,27% entre junho de 2006 e o mesmo mês deste ano. Porém, as pessoas que vivem em apartamentos de um dormitório sentiram um aumento mais salgado no bolso: 9,10%.

O motivo dessa alta para imóveis menores, segundo o Índice Periódico de Variação de Custos Condominiais (Ipevecon) da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (Aabic), é que os condôminos aproveitaram a recuperação do poder de compra para aplicar mais recursos em pintura e manutenção.

De qualquer forma, o principal motivo apontado por especialistas para os reajustes no condomínio é o custo com a mão-de-obra. Pela pesquisa da Aabic, o gasto com funcionários contribui com 51,15% da taxa. O presidente da Aabic, José Roberto Graichi, acredita que haverá novos aumentos para os próximos meses. “Os condomínios sobem no fim do ano, pois paga-se 13º dos funcionários e há o dissídio da categoria.”

Ainda assim, Graichi acredita que a taxa está estabilizada, pois a média de aumento nos 12 meses analisados na pesquisa, 2,27%, ficou abaixo da inflação medida pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que fechou o período em 4,63%. A alta foi mais amena no caso dos imóveis de três e quatro dormitórios: 0,85% e 0,54%, respectivamente. No entanto, quem mora em apartamentos com um ou dois quartos está pagando mais caro: 9,10% e 5,52% de correção.

O motivo não é um aumento desenfreado dos custos. “Nesses imóveis vivem pessoas com renda mais baixa. Como houve uma recuperação salarial, esses condôminos estão aproveitando para investir na própria moradia, realizando obras de manutenção preventiva”, esclarece Graichi.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios (Sindifícios), Paulo Roberto Ferrari, afirma que todo ano os donos de prédios culpam os funcionários pela alta. “A folha de pagamento é responsável por parte dos custos, mas há outros fatores que influenciam no valor.” A data-base dos trabalhadores é 1º de outubro e eles vão pedir uma correção salarial de 9%. O vice-presidente de administração imobiliária e condomínios do Sindicato da Habitação (Secovi), Hubert Gebara, diz que a inadimplência também contribui para elevar o valor do encargo. “A partir do Novo Código Civil, a multa pelo atraso caiu de 20% para 2% e o atraso do pagamento no dia do vencimento subiu para 15%”, reclama.

Alta

Aumento médio: 2,27%

Imóvel de 1 quarto: 9,10%
Imóvel de 2 quartos: 5,52%
Imóvel de 3 quartos: 0,86%
Imóvel de 4 quartos: 0,54%

Custos

Funcionários: 51,15%
Gastos com água: 12,40%
Gastos com energia elétrica: 6,38%
Manutenção: 7,34%
Demais gastos: 22,72%

 

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