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Prédios que ´crescem` para baixo

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Paulo Pinto/AEZap o especialista em imóveisVagas na garagem do prédio ganham tanta importância quanto o número de dormitórios na unidade adquirida

A cidade brasileira que mais cresce para cima, com números recordes de lançamentos de condomínios verticais, também é aquela que mais se expande para baixo. Assim como a frota de veículos de São Paulo, que quase duplicou nos últimos 15 anos, o número de vagas de garagem em prédios tem se multiplicado cada vez mais rápido. Enquanto a proporção de carros por habitante na Capital é de um para dois, alguns edifícios de alto padrão já oferecem até oito vagas para estacionamento por imóvel, o que chega a tomar até quatro pavimentos no subsolo.

Embora o exemplo acima retrate uma extrema minoria, ele ilustra bem a importância e a valorização das vagas de garagem nos empreendimentos imobiliários residenciais, que, por conta do aumento de furtos de carros nas ruas, têm se tornado fator determinante nas negociações de compra e venda de apartamentos.

Não é raro, diz o diretor de atendimento da Lopes, Cyro Naufel Filho, clientes deixarem de bater o martelo porque as vagas disponíveis por imóvel são inferiores aos carros da família. “Hoje, a vaga de garagem é primordial na decisão de compra”, afirma. “Ela valoriza o apartamento e traz liquidez ao imóvel”, completa.

As vagas estão tão valorizadas no mercado imobiliário que algumas delas chegam a ser vendidas por mais de R$ 50 mil. Na média, conta o diretor da Higienópolis Imóveis, Haroldo Gastaldi, o espaço no subsolo do prédio destinado ao carro pode custar até 20% o valor do imóvel. “Hoje as garagens têm um valor muito grande, principalmente nos edifícios que só têm uma vaga”, afirma.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, a garagem tem preço equivalente ao do metro quadrado do imóvel. Desta forma, as vagas acabam sendo um outro cômodo que agrega enorme valor ao bem. “Um imóvel que não atende ao número de vagas certamente terá mais problemas para ser vendido e sofrerá desvalorização”, diz Viana.

 

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