Trabalho durante a obra custa 1% do total
Não tem como fugir da verdade de que é na fase de construção que a mpermeabilização precisa ser feita na residência. E mais: é necessário que seja um serviço adequado, de qualidade, com produtos normatizados, ou os problemas vão surgir com o tempo.
E podem ser grandes problemas, alerta o engenheiro civil da área de Desenvolvimento de Mercado da Lwart Proasfar Química, Marcelo Ming. “”A má impermeabilização, ou a falta dela, podem danificar a estrutura do imóvel e ser causa da queda de marquises e lajes”.
O diretor da Mactra Impermeabilizantes, Luiz Rodrigo de Vasconcellos, explica que quando a impermeabilização é realizada no início da obra, o custo chega a apenas 1% do valor total da construção. “Se tiver, entretanto, de acontecer posteriormente uma correção de problema, pode-se chegar a gastar 20 vezes o que custou a construção”. Impermeabilizar o alicerce, por exemplo, salienta Vasconcellos, é importante para evitar que a umidade suba pela parede. “Mas é comum acontecer de o contrapiso encostar-se à parede, criando uma ponte para a água subir, ou o reboco da parede encostar no contrapiso.”
E mais, segundo o engenheiro da Lwart: é preciso impermeabilizar paredes internas e externas durante a construção, “porque até lavagem de áreas em que a água respinga na parede pode causar foco de umidade.” Assim, já ficou clara a alta importância do trabalho de impermeabilização num imóvel em construção, dados os altos riscos de não cuidar direito desse item.
Umidade em casa
Entretanto, para quem está vivendo agora um problema de umidade em casa, o jeito é repará-lo. Para tanto, o engenheiro da Lwart, Marcelo Ming, tem algumas dicas. Ele cita, por exemplo, a chamada umidade ascendente, aquela que começa no rodapé e sobe pela parede e que causa, além de danos visuais, risco de doenças respiratória nos moradores pela presença de fungos e bactérias.
A orientação de Ming é utilizar uma argamassa polimérica, um tipo de resina que é aplicada em paredes internas com trincha ou rolo. Só que antes é preciso preparar a parede: “Primeiro deve-se descascar a área afetada; em seguida, fazer a regularização com areia e cimento, para tapar os furos. Aí vem o impermeabilizante”. O produto deve ser aplicado até pelo menos meio metro acima de onde termina a umidade. O cálculo da quantidade necessária baseia-se na relação de 4kg por metro quadrado afetado, segundo Ming. A seguir vem o chapisco e por cima o reboco. “É preciso salientar que se vai resolver apenas o problema da estética, mas que não se vai acabar com a umidade dentro da parede.” Na verdade, diz Ming, a água vai tentar entrar por outro cômodo.
Piso
“Muita gente acha que bons rejuntes são suficientes para evitar infiltração da água, mas isso é ilusão”, alerta Ming. Para pisos, a impermeabilização é feita com emulsão asfáltica ou manta asfáltica (esta última necessita de mão-de-obra especializada). A emulsão e a argamassa polimérica, diz o engenheiro, são produtos compostos por duas substâncias cada, que o consumidor tem de misturar. Outro detalhe importante: no caso da manta, é preciso deixar o piso imerso em água durante três dias para verificar se o problema foi resolvido.
Em paredes
-Descascamento da superfície afetada até aparecer alvenaria
-Regularização da parede, tapando furos
-Aplicação da impermeabilização com argamassa polimérica até meio metro acima da área afetada
-Em seguida o chapisco
-E por fim o reboco
Manta asfáltica
-Já vem pronta e precisa de mão-de-obra especializada para aplicar
-A aderência é feita com maçarico
-Camada separadora é colocada por cima da manta (de polietileno ou véu de poliéster)
-Em seguida vem o contrapiso
-E finalmente o piso