Alvenaria autoportante conquista mercado da construção
Nem toda construção precisa dos tradicionais pilares e vigas com concreto e aço para a sustentação. Há uma outra maneira de fazer, mais rápida e com menos entulho. É a técnica de alvenaria autoportante. Como o próprio nome diz, ela se autossustenta, apenas com tijolos ou blocos de concreto. Esse modo de construir também significa economia de recursos, o que pode refletir no preço do imóvel.
Ainda assim, o método é pouco usado. A baixa adesão de engenheiros e arquitetos em projetos do tipo é explicável: a técnica deve ser executada com cálculos precisos e mão de obra extremamente qualificada. São os próprios blocos e tijolos que vão sustentar toda a construção e um erro no posicionamento pode complicar tudo.
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“É um sistema de alvenaria com papel estrutural, econômico e com rápida construção, se comparado ao sistema tradicional. Antigamente, a técnica tinha algumas limitações, mas atualmente é possível construir edifícios de diversos andares”, explica o arquiteto Pietro Terlizzi.
Segundo Terlizzi, quando devidamente planejada, a alvenaria autoportante é capaz de suportar todas as cargas, incluindo a de seu próprio peso, lajes e coberturas.
Projeto detalhado de alvenaria autoportante
A arquiteta Patricia Cillo ressalta que tijolos ou blocos devem ser preenchidos com argamassa e barras de aço exatamente conforme o projeto feito para cada construção.
“Tudo tem que ser previamente projetado para que os blocos se encaixem de forma alternada e, simultaneamente, sejam feitas todas as instalações elétricas, hidráulicas e de ar-condicionado”.
Patrícia afirma que apenas acima das portas e janelas são colocadas ripas de madeira na fase construtiva, para suportar o peso dos blocos. E lembra que, após a obra, mudanças estruturais são difíceis. O morador não pode quebrar uma parede durante reforma, por exemplo, pois pode comprometer toda a estrutura.
“O projeto com alvenaria autoportante precisa ser bem definido. Durante a construção das paredes, deve-se colocar todas as instalações necessárias para que não haja quebra após o término, o que poderia causar trincas e fragilidade na construção”, diz ela.
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