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Aluguel vai subir 12% em novembro

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Os contratos de aluguel que vencem em novembro sofrerão reajuste de 12,23%. Essa é a inflação acumulada nos últimos doze meses pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que regula mais de 90% dos contratos de locação. Isso significa que quem paga R$ 1.000, por exemplo, vai ter de desembolsar R$ 122,23 a mais por mês.

O aumento é pesado. Mas o inquilino não deve começar a sofrer antes de conversar com o proprietário. Segundo José Roberto Graiche, presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis (AABIC), há sempre espaço para negociação. “Nenhum proprietário vai efetuar um aumento que deixe o aluguel acima do valor de mercado”, garante.

“Caso contrário, o inquilino vai procurar outro imóvel.” Graiche lembra que os locatários que deram entrada no imóvel há mais de dois anos provavelmente partiram de aluguéis mais baixos. “O mercado de locação ainda estava desaquecido e os preços eram mais acessíveis”, diz o presidente da AAABIC. “Portanto, em muitos desses casos ainda há espaço para o inquilino aplicar o reajuste pelo IGP-M.” Nesse caso, se não houver acordo e o inquilino julgar o novo valor alto demais, a saída é pesquisar outro imóvel.

Só no mês de outubro, o IGP-M variou 0,98%, contra 0,11% em setembro. A culpa foi, principalmente, do dólar. “Com a crise financeira e a conseqüente valorização da moeda americana frente ao real, tivemos reajustes em várias matérias-primas e insumos importados, que pressionaram muito os preços ao atacado”, diz Salomão Quadros, coordenador do IGP-M da Fundação Getulio Vargas.

Os preços ao atacado subiram 1,24% no mês, exercendo forte pressão sobre o IGP-M. Mas a alta – desse grupo e, por conseqüência, do índice geral de preços – não deve se repetir nos próximos meses, avalia o economista Julio Gomes de Almeida, o Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Isso pode aliviar, por exemplo, a vida de quem tem contratos de aluguel a vencer no início do ano que vem.

“Em primeiro lugar, o dólar já está mais baixo e deve baixar um pouco mais”, diz Almeida. Ontem, a moeda americana fechou cotada a R$ 2,10. “Além disso, com a desaceleração da economia provocada pela crise, o consumo deve diminuir e frear a inflação. Portanto, esse aumento visto agora não vai chegar a atrapalhar o consumidor.”

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