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Condomínio fica mais caro na capital

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(Foto: Divulgação)

Gastos fixos são tidos como os ‘vilões’ (Foto: Divulgação)

Nos últimos 12 meses, os preços das taxas de condomínio na cidade de São Paulo aumentaram 9,6%, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O aumento passou do dobro da inflação, que chegou a 4,1% no mesmo período. Gastos fixos são tidos como os ‘vilões’.

O aumento não espanta Renê Vavassori, diretor da administradora de condomínios Itambé. “São muitos os gastos fixos de um condomínio que variam acima da inflação. Concessionárias de água, luz e gás têm reajustes maiores: a Eletropaulo anunciou aumento de 13% na energia, por exemplo”, afirma ele. “O dissídio desse ano também foi alto.”

Em outubro passado, os empregados de condomínios tiveram, conforme acordado em convenção coletiva, aumento de 9% nos salários. Vavassori lembra que os gastos com mão de obra chegam, em média, a 60% dos valores mensais despendidos pelo condomínio. Em seguida, vem a fatia dos gastos fixos com manutenção, que chegam a 25%.

Na batalha para baratear as taxas, Vavassori recomenda a revisão periódica dos contratos que o condomínio tem, principalmente os de serviços terceirizados. “Os preços devem sempre estar de acordo com os parâmetros de mercado. Senão, o síndico deve negociar a redução.”

Para o presidente da Associação Brasileira de Condomínios, Síndicos e Condôminos (Abracond), Alfredo Mimessi, a transparência na administração do condomínio é fundamental, aliada à organização. “As despesas ordinárias, mensais, devem ser bem separadas das extraordinárias. Fica mais fácil saber onde cortar, e mais difícil que alguém aja de má fé com o dinheiro.” Nos gastos extraordinários, diz ele, é necessário seguir o perfil do condomínio. “Não adianta gastar fortunas com uma quadra esportiva em um prédio onde só moram idosos.”

DIFERENÇAS REGIONAIS – Um levantamento da administradora de condomínios Lello mostra que, na Capital, há diferenças de até 77% entre os preços médios de condomínios. Os arredores da Mooca aparecem como a mais barata, e a dos Jardins com os preços mais altos (veja ao lado).

O perfil e o padrão dos condomínios, segundo Vavassori, da Itambé, determinam os gastos mensais, com mais influência do que a região onde o empreendimento se encontra. “Um condomínio com várias guaritas, que requer alguns vigilantes, uma área comum imensa e apartamentos de quatro suítes, com certeza terá mais gastos do que um prédio padrão.”

REGIÕES:
Jardins: Jardim Paulista, Jardim Paulistano, Jardim América, Europa, Cerqueira César, Bela Vista, Pinheiros e parte do Itaim.
Morumbi: Panamby, Vila Sônia e Vila Andrade
Moema: Campo Belo, Ibirapuera, Vila Nova Conceição, Santo Amaro e parte do Itaim.
Perdizes: Jaguaré, Vila Leopoldina, Alto de Pinheiros, Vila Madalena, Barra Funda, Santa Cecília e Higienópolis
Tatuapé: Vila Carrão, Vila Formosa, Penha, Vila Matilde, Aricanduva e Sapopemba.
Santana: Vila Guilherme, Freguesia do Ó, Limão, Casa Verde, Vila Maria, Vila Medeiros, Jaçanã, Mandaqui e Tremembé
Vila Mariana: Liberdade, Cambuci, Saúde, Cursino, Jabaquara
Mooca: Pari, Brás, Belém, Vila Prudente, Sacomã e Ipiranga

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