O que é segurança privada? Veja se vale a pena!
A alta criminalidade vem fazendo moradores de algumas ruas — e até bairros inteiros — temerem pela segurança e contratarem serviços de vigilância privada. Se você não sabe o que é segurança privada, são vigias que fazem rondas em motos ou carros pelas vias onde o serviço foi contratado.
Se você está pensando em fazer o mesmo, preste atenção: não se pode sair contratando qualquer pessoa como vigilante ou colocar homens armados fazendo o papel que é dever da Polícia Militar (PM). O cuidado é ainda mais necessário se o serviço for realizado dentro de condomínio residencial.
Confira este post, preparado pela Redação ZAP, contando o que é segurança privada, o que é preciso ao optar por esse serviço e como evitar problemas maiores.
Segurança privada: o que é e como funciona na prática
Jorge Lordello, especialista em segurança privada e pública, escritor internacional e palestrante da área de segurança condominial, explica que essa modalidade de ronda particular de rua existe, por exemplo, na região do Morumbi, em São Paulo. Ele ressalta que o serviço exige uma empresa de vigilância legalizada.
“A empresa vai verificar o número de apartamentos de cada edifício e estipular um valor por prédio. O síndico cobra dos moradores. O serviço precisa de moto ou carro adesivados com logotipo da empresa, os funcionários devem ser vigilantes, munidos de colete à prova de balas, farda e radiotransmissor ou celular”, detalha.
Rotina de monitoramento
Segundo Lordello, os moradores costumam ter acesso aos telefones dos vigilantes e avisam quando estão chegando na garagem, por exemplo, para um melhor acompanhamento. Essa prática minimizaria possíveis roubos e pode ser feita com a instalação de sistemas de segurança.
“Um dos cuidados das pessoas que vão contratar o serviço é ter certeza da área delimitada de atuação de cada viatura. Se fizerem uma área muito grande, o serviço não será de qualidade”.
Fiscalização do serviço
As empresas de segurança privada devem obedecer a diversos requisitos para funcionarem, e quem fiscaliza a segurança privada é a Polícia Federal. Ao saber o que é esse tipo de segurança e optar por contratar uma empresa, é indicado atentar-se para certificados e licenças de atuação, garantindo que o serviço não tenha o efeito contrário.
Vale a pena investir em segurança privada?
Para Lordello, a atividade é vantajosa pelo caráter preventivo, minimizando a aproximação de estranhos. “É uma pessoa treinada que tem condição de ofertar um nível maior de segurança do que se o morador estivesse sozinho. Em caso de atitude suspeita, ela deve acionar as forças policiais”.
O especialista diz que a desvantagem é ter um preço a pagar, mas pontua que é perigoso querer economizar na contratação. “Quando você opta pelo preço mais baixo, há uma tendência de se deparar com empresas não legalizadas ou sem estrutura para um serviço de qualidade. Pior quando são contratadas pessoas individuais, totalmente ilegais”.
Tipos de vigilância privada
No Brasil, é possível contratar vigilantes de segurança para diversos fins. Sabendo o que é segurança privada, fica mais fácil entender os tipos de serviço ofertados atualmente e analisar qual perfil mais se encaixa em necessidades pessoais ou de empresas.
Algumas modalidades podem ser mais pontuais, como vigilância de construções, ou regulares, como ruas sem saída de circulação de moradores. Confira o que é segurança privada em alguns exemplos práticos.
Vigilância patrimonial
A vigilância patrimonial é uma atividade intramuros, ou seja, dentro dos limites do imóvel vigiado. Na via pública, em regra, cabe à PM. O diretor jurídico da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança (ABSEG), Felipe Augusto Villarinho, explica que a legislação atual entende que, quando há concessão de uso de solo pelo poder público, a segurança privada pode atuar naqueles limites.
Segurança pessoal privada
Em cidades como São Paulo, mesmo nos bairros mais seguros, é possível encontrar pessoas acompanhadas de seguranças particulares. Esse serviço é muito utilizado por pessoas com alto poder aquisitivo ou com níveis de exposição pública que podem oferecer riscos à própria integridade. A modalidade também é comum em bairros majoritariamente residenciais, com vigilantes noturnos na rua.
Conhecendo o lado dos vigilantes
“O profissional habilitado passa por reciclagem a cada dois anos, é submetido a exames de aptidão psicológica e saúde física, e precisa comprovar não possuir antecedentes criminais. A gestão desses profissionais é feita por empresa autorizada pela Polícia Federal”.
A principal desvantagem, detalha Villarinho, está no custo da atividade. Hoje, um vigilante possui diversos benefícios previstos em Convenção Coletiva de Trabalho e na Legislação, como piso mínimo, adicional de 30% de periculosidade, seguro de vida, vale-refeição e assistência médica. Somente de piso salarial e 30% de periculosidade, o profissional recebe R$ 2.011,25.
Encontre tudo sobre segurança em imóveis em nosso blog
O ZAP Imóveis é referência para quem quer negociar de forma segura e prática, e nosso blog tem diversos outros conteúdos sobre segurança no dia a dia. Confira dicas de instalação de equipamentos, normas de segurança para condomínios, ideias para manter o acesso de pessoas somente autorizadas, entre outros.