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Ações da iniciativa privada e projetos da pública pretendem tornar Balneário Camboriú um polo do mercado de luxo

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Balneario

Edifícios luxuosos já são parte do cartão-postal
As praias podem não comportar, mas a quantidade de andares dos prédios no município dão conta do recado. Balneário Camboriú abriga os edifícios mais altos de Santa Catarina, além dos mais luxuosos. Atualmente, o maior residencial da cidade (e também do Brasil) tem 164 metros de altura, mas deve ser superado em breve por outro, de 240 metros, em fase de obras pela construtora FG Empreendimentos.

Percebendo o desenvolvimento de um turismo de luxo na região, a construtora saiu de Blumenau e atacou o mercado formado principalmente por compradores de Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O diretor comercial da empresa, Toninho Roncaglio, conta que havia mais de 20 projetos da FG na prefeitura antes da lei que proibiu a construção de novos prédios no município, em 2013. Segundo ele, isso garante à construtora ter lançamentos na região pelas próximas duas décadas, todos voltados para o segmento de luxo. Os apartamentos da construtora custam de R$ 1 milhão a R$ 11 milhões.

“O novo point é a Barra Sul, região em que está a marina e onde se concentram os terrenos disponíveis.”

Confira a entrevista com Guilherme Kosmann, gestor institucional da CFM Consultoria, de São Paulo, especializada no segmento de luxo.

Diário Catarinense – Qual o crescimento do segmento de luxo no país e o que tem motivado este número?
Guilherme Kosmann –
Entre 2006 e 2012, o mercado de luxo cresceu 340% no país. A gente espera crescer este ano entre 12% e 15%, enquanto a economia deve crescer 2%. Isso é resultado de uma melhor renda da população, mas também da democratização desse consumo. Contamos com empresas que buscam democratizar os produtos de luxo para acessar a classe média.

DC – Balneário Camboriú é considerada um polo de luxo em Santa Catarina e no Brasil?
Kosmann –
Sem dúvida, mas depende do segmento de atuação. Não se pode falar no mercado de luxo como um todo, porque não temos uma loja de varejo de moda, por exemplo. Mas quando se fala em empreendimento imobiliário e em iates, serviços e hotelaria, eu diria que sim.

DC – O que a região precisa ter como característica para o desenvolvimento de um mercado de luxo?
Kosmann –
O consumo de luxo é um segmento que trabalha com o exclusivo por conceito, então é uma parcela muito pequena da população. A premissa básica do segmento é ser exclusivo. Hoje temos uma população classe A que representa em torno de 5% do todo, consumidores do mercado de luxo. Então se temos uma população de 100 mil habitantes, 5 mil são consumidores potenciais dessas marcas de luxo, ainda que um “luxo intermediário”, mais acessível. Balneário Camboriú tem uma marina à beira do rio. Isso, associado ao empreendimento imobiliário, é um exemplo fantástico de mercado de luxo.

DC – As regiões em que se desenvolve o mercado de luxo no Brasil têm as mesmas características que as de outros países?
Kosmann –
Na Europa, há regiões mais iguais e o consumo de luxo já é tradicional. As pessoas consomem mais por hábito do que nós, e os produtos são mais acessíveis também, porque, apesar dos seus preços absolutos serem muito similaresaos do Brasil, na Europa e nos Estados Unidos se ganha mais.

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