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Segurança depende das pessoas

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Por segurança em seus condomínios, muitos síndicos correm atrás de equipamentos para proteger seus moradores. Hoje, há edifícios que são verdadeiras fortalezas, com câmeras e seguranças até na calçada de acesso ao local. No entanto, especialista avisam: a parte mais vulnerável dos imóveis não é física, mas, sim, humana.

“Se o porteiro e outros profissionais não tiverem orientação e o morador não colaborar, não tem equipamento que torne o local seguro”, afirma o delegado titular da 2ª Delegacia de Crimes contra o Patrimônio do Deic (Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado), Edison Santi.

Segundo o delegado, os crimes de “arrastão” – nome popular dado ao assalto a mais de um imóvel em um condomínio – caíram de 36, em 2005, para sete neste ano. No entanto, as últimas ocorrências foram semelhantes: um desconhecido com roupa de entregador – geralmente carteiro -, que consegue ter a entrada liberada, termina por render o porteiro, que é obrigado a permitir o acesso do resto da quadrilha ao local.

“Os alvos são prédios de luxo, geralmente um por andar, nos quais a quadrilha vai atrás de dinheiro, jóias e outros objetos de grande valor. O problema é que as pessoas acham que nunca vai acontecer com elas, mas há golpes de todos os jeitos”, diz Santi.

Tanto para o delegado quanto para o consultor em segurança do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo) Florival Ribeiro, os profissionais que realizam o trabalho de segurança e portaria precisam ser melhor treinados. “Tem de ser uma pessoa capacitada. E o morador tem de colaborar. Se tudo for seguido à risca, o local poderá ficar, pelo menos, 80% seguro , porque 100% é impossível quando se tem a figura humana como parte do sistema”, diz o consultor.

Santi recomenda que o condomínio monte uma comissão responsável pela segurança, que vai decidir desde os procedimentos, cuidar da parte de equipamento e da parte humana, como cursos de reciclagem para o profissional ou contratação de uma terceirizada especializada na área. “Ter muita troca de profissional também não é bom, pois muita gente passa a conhecer as rotinas do local”, diz.

Outra medida que, para o delegado, tem pouco efeito é o segurança do lado de fora do condomínio. “É um efeito apenas psicológico. Houve caso em que esse profissional foi rendido, e a quadrilha conseguiu entrar”, conta.

Algumas normas para um condomínio seguro
O morador precisa descer para receber as encomendas ou prestadores de serviço. Nunca deixe que um entregador suba ao apartamento. Se o visitante vai sair e o morador não pode acompanhar, avise a portaria para que o mesmo seja monitorado enquanto circula pelas dependências do condomínio.

As portarias não devem ter película escura nos vidros, pois bloqueia o contato visual entre o porteiro ou segurança e o condômino, que não pode ver o que se passa dentro da sala.

Condomínio deve ter um manual de procedimento com as regras e penalidades em caso de descumprimento das mesmas.

Ao se aproximar da portaria de carro, abaixe o vidro e se identifique para o funcionário da portaria. O porteiro não é obrigado a conhecer o carro de todos os condôminos, e deixar de basear o controle da entrada pelo visual ajuda a evitar, por exemplo, erro por veículo semelhante.

Porteiro não pode liberar um visitante, mesmo conhecido, sem ser cadastrado na portaria e com liberação do morador. Quem entra no local deve ser cadastrado, até empregados.

Seguranças que ficam circulando na parte externa .dos condomínios não devem fazer a identificação de um morador ou visitante enquanto estiverem do lado de fora do prédio

Esse tipo de procedimento só deve ser feito na clausura da portaria, o que pode evitar armadilhas.

Portaria não é balcão de entrega. Nunca deixe chaves ou encomendas no local. Segurança não é responsáveis por objetos pessoais.

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