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Roupas são usadas na fabricação e móveis e como revestimentos de paredes

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Cerca de 30 calças jeans foram usadas para revestir parede de 10 metros de comprimento (Foto: Divulgação)

Cerca de 30 calças jeans foram usadas para revestir parede de 10 metros de comprimento (Foto: Divulgação)

As roupas que já não cabem mais no seu corpo ou estilo podem sair do armário para ganhar espaço na decoração. Solução sustentável e ousadia estética, as peças de vestuário têm sido reaproveitadas por designers e arquitetos na criação de ambientes e móveis. No Morar Mais por Menos Salvador, por exemplo, que acontece até 30 de agosto, um quinteto de arquitetos cobriu uma das paredes do evento com calças jeans – um jeito barato e diferente de mudar a cara do espaço.

“Garimpamos as peças em um bazar. Cada uma delas custou entre R$ 3 e R$ 4. Na hora da colagem, com cola de sapateiro, procuramos uma combinação de tons que não deixasse a parede escura”, explica Luís Pedro Carvalho, um dos arquitetos responsáveis pelo projeto, ao lado de Alice Gonçalves, Clara Soledade, Thaís Fonseca e da designer de interiores Hélia Braga.

Numa parede de 10 metros de comprimento, foram usadas cerca de 30 calças. Cada uma delas foi fixada por duas pessoas. A equipe teve o cuidado de deixar os bolsos expostos. E não foi à toa.

“A ideia é que as pessoas possam deixar recadinhos nesses compartimentos”, completa Luís.

Roupas recicladas são mergulhadas em resina e transformadas na Rememberme, cadeiras resistentes (Foto: Reprodução internet)

Roupas recicladas são mergulhadas em resina e transformadas na Rememberme, cadeiras resistentes (Foto: Reprodução internet)

Não é apenas o Brasil que se vale das roupas para criar peças decorativas. O designer alemão Tobias Juretzek combina blusas, calças e saias recicladas com resina para fabricar suas singulares e resistentes cadeiras “Rememberme” (Lembre-se de Mim).

Para criar cada assento, Tobias precisou de quase seis quilos de roupas. A indumentária foi mergulhada em resina e depois comprimida em um molde para gerar a forma final. Brincando com a nostalgia, as roupas vêm de amigos, lojas de segunda mão e até mesmo do guarda-roupa do próprio Juretzek. Em seu website, Juretzek explica o conceito das cadeiras:

“O que muitas vezes é esquecido em guarda-roupas e caixas agora está sendo trazido à luz novamente. Roupas usadas, guardadas por motivos sentimentais, passam a imprimir uma marca característica nas cadeiras. Como um tipo de “mensagem na garrafa”, os móveis armazenam memórias e o sentido das histórias renasce em nós. As cadeiras criam uma estrutura conceitual, conduzem a mensagem a uma nova expressão e são apresentadas de forma muito peculiar, oferecendo uma nova perspectiva sobre as coisas em geral”.

As cadeiras, lançadas no Salão Internacional de Móveis de Milão em 2011, estão sendo vendidas pela fabricante de móveis Casamania.

Cadeira Rag Chair, feita a partir de bolsas, da Droog (Foto:  Reprodução internet)

Cadeira Rag Chair, feita a partir de bolsas, da Droog (Foto: Reprodução internet)

Na Holanda, o designer Tejo Remy já havia criado para a Droog, em 1991, a polêmica cadeira Rag Chair. O móvel, que está longe de ser uma unanimidade de público e de crítica, é feito com 15 camadas de bolsas em trapo de tecido. O cliente pode optar pela peça pronta ou incluir as roupas que ficam esquecidas no armário no design da peça. Só resta saber se a doação vai reduzir – e em quanto – o preço do móvel, um dos mais caros da coleção, vendida pela Decameron Design, em São Paulo.

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