Veja qual estilo de decoração que foi moda no passado combina com você
Assim como a moda, a decoração também sofre influência direta do comportamento cultural, político e econômico vivido pelas gerações ao longo dos anos. E cada um desses períodos podem estar mais presentes hoje em dia do que se imagina, em diferentes formas de expressão: seja numa parede, no mobiliário ou em detalhes decorativos.
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“O que era tendência nas décadas passadas se renova constantemente e se funde ao o estilo contemporâneo. E esse, com certeza, é o maior charme da decoração”, explica a designer de interiores Stella Bielawski. Relembre qual desses estilos fez parte do seu passado ou que poderá ser referência para seu próximo projeto de decoração.
Anos 1960 e 1970
Liberdade, rock and roll, movimento hippie, Guerra Fria e uso de jeans. Os anos 60 foram a época da contracultura e a decoração começou a ganhar importância com o design de interiores. O período, ainda chamado vintage, trazia os famosos pés palitos, marcantes nos anos 50, e foi o auge do uso dos papeis de parede, de contrastes de tecidos e texturas, dando preferência às diversas misturas de cores. No final dos anos 60, a poltrona Sacco de Cesare Paoloni e Franco Teodoro, que mais lembra um pufe, chegava ao mercado para se tornar um ícone presente nas casas até hoje. No Brasil, móveis de jacarandá se tornavam item de cobiça.
Já na década de 1970 ainda havia resquícios do período anterior, mas entra a psicodelia em vários segmentos da casa; o destaque fica por conta de cores fortes nos móveis e dos diversos tipos de grafismos, como listras e ondas. Tecidos como o poliéster passam a se difundir e se tornam uma solução para reinventar a casa sem gastar muito. No Brasil, era época de ousadia e luta pela liberdade de expressão. Globo giratório e discos de vinis eram imprescindíveis em ambientes nesta época em que tudo era embalado pelo ritmo da dance music.
Anos 1980 e 1990
Em 1980, entra em cena o pós-modernismo com apelo tecnológico, com muitos elementos “modernos”, como televisão de tubo, computadores e telefones sem fio. “A decoração nessa época era tratada como um privilégio para poucos, uma vez que somente a classe social mais elevada podia contratar um decorador. A tendência era expôr a riqueza”, relembra Eduardo Rodrigues, arquiteto e coordenador do curso de Design de Interiores da Panamericana Escola de Arte e Design.
Materiais clássicos, como mármores, madeiras nobres, couro, e tecidos importados e objetos igualmente caros eram tratados como objetos de desejo. Estampas florais e o famoso estilo shabby chic, em que predomina a cor branca e o uso de imóveis com aparência desgastada – quem não se lembra da técnica da pátina? – também ganham evidência.