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Reforma e construção em alta

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José Patricio/AEZap o especialista em imóveisMoura dobrou o número de funcionários de sua empresa

É cada vez mais comum as pessoas percorrerem as ruas residenciais de São Paulo com a sensação de que as caçambas de entulho se multiplicaram. O motivo: as pessoas estão reformando e construindo mais. E os números comprovam. Somente as vendas de materiais básicos – cimento, areia e tijolo – cresceram 12,5% no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período de 2006.

O setor inteiro de material de construção registra um crescimento acumulado de 7% este ano, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), representante das lojas de material de construção no País.

“Esse aumento da venda de cimento e areia são o termômetro do setor. Afinal, as pessoas que compram esse material, também vão precisar do material hidráulico e elétrico”, explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

E as vendas de materiais elétricos e hidráulicos cresceram, respectivamente, 7% e 5,6% neste semestre, também na comparação com o ano passado. Os materiais de acabamentos tiveram desempenho 5,5% maior. De acordo com Conz, o número de lojas que vendem material de construção no País cresceu 24%. Até o final do ano passado, eram 105 mil lojas. Hoje são 138 mil.

José Patricío/AEZap o especialista em imóveisBassatti resolveu reformar o apartamento

A construção civil também está aquecida. Em julho deste ano, o nível de emprego na Capital de São Paulo cresceu 2,58%. Novas 5.624 vagas foram preenchidas. Os levantamento é do SindusCon-SP e da FGV Projetos, com base nos dados do Ministério do Trabalho. “O momento é favorável a esse movimento de retomada de obras, principalmente porque os juros estão em queda e tivemos o aumento das linhas de financiamento, sendo que muitas delas melhoraram suas condições. Até mesmo os bancos, percebendo essa tendência, flexibilizaram muito os critérios para os candidatos a tomadores dos empréstimos, o que facilitou ainda mais o acesso à casa própria”, completa o presidente da Anamaco.

A Caixa Econômica Federal prevê aumento de 15% em suas linhas de financiamento da compra de material de construção. “E esse número de crescimento é conservador. Podemos fechar o ano com números ainda maiores”, disse o gerente de negócios em São Paulo Luiz Previlato.

O arquiteto Herlan Moura, proprietário da Moura Domingues Arquitetos Associados, contou, durante uma pesquisa de compras na loja C&C, que este ano dobrou o número de funcionários. “Contratei mais porque estou vendendo mais. Há dez anos, demorava um ano para vender uma casa de alto padrão. No ano passado, levava apenas quatro meses para vender uma casa. Hoje, já vendo na planta”, comemora. Já o agropecuarista Sílvio Bassatti, que reforma seu apartamento, dá a dica: “O ideal é pesquisar os materiais de construção antes de sair de casa. Busco os melhores preços e negocio descontos nas lojas”, conta.

O setor em números 

12,5% é o aumento de vendas de cimento e areia e tijolo no primeiro semestre desse ano

138 mil lojas vendem material de construção no Brasil, 24% a mais que em 2006

15% é o aumento na concessão de linhas de crédito para material pela Caixa

 

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