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Hora de rever gastos no prédio

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Agliberto Lima/AEZap o especialista em imóveisPrevisão – Contas podem ajudar no orçamento do próximo ano

Há cerca de duas semanas, foi acertado o reajuste de 5,5% dos salários dos trabalhadores de edifícios. De acordo com administradoras de condomínios, o impacto desse aumento que entra em vigor a partir do próximo mês não deve ser repassado inteiramente para as taxas condominiais. “Se o condomínio fez uma previsão de gastos bem feita no início do ano e se o número de inadimplentes não for grande, pode ser que nem seja preciso aumentar o valor da taxa”, afirma Hubert Gebara, diretor da administradora Hubert e vice-presidente de Administração de Condomínios do Sindicato da Habitação (Secovi).

O valor do reajuste estava dentro da previsão das administradoras. “Deu quase 1% acima da correção do INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor), mas como no ano passado houve um acordo em que a categoria perdeu cerca de 1% com a inflação, este ano foi compensado”, afirma Gebara.

Como a folha de pagamento de funcionários representa de 40% a 60% dos gastos de um condomínio, o cálculo é que o reajuste faça as contas totais dos edifícios crescerem cerca de 2,5%. “Mas pode ser absorvido pela redução de gastos em outros itens”, avisa.

A gerente de condomínios da administradora Lello, Angélica Arbex, é da mesma opinião. E explica algumas medidas que podem ser tomadas antes de o condomínio pensar em reajuste da taxa. Para ela, quando se detecta desequilíbrio nas contas, o primeiro lugar que se olha é para a folha de pagamento. Mas isso nem sempre é sinônimo de demissões. “Se o zelador faz muitas horas extras, às vezes vale a pena contratar um folguista”, afirma.

Em segundo lugar, vem o consumo de água, luz, gás, que correspondem de 20% a 25% dos gastos. Para baixar o consumo de água e energia elétrica, a recomendação da administradora é promover programas de conscientização e economia.

Conforme a gerente-geral de Condomínios do Grupo Riema, Ivete Martins, é possível cortar até 40% do consumo de água com pequenas reformas. “Em alguns empreendimentos, a redução do consumo de água pode ser feita instalando redutores, trocando torneiras, válvulas e descargas”, afirma.

Uma forma de evitar o aumento de gastos em energia é estar sempre atento ao consumo. “A gente sempre pede para os zeladores fazerem a leitura diária do consumo de água e luz. Se sair da rotina já é um sinal de que pode haver um problema”, afirma. Assim, a detecção de vazamentos e curtos circuitos é mais rápida.

Contratos

Outra forma de cortar gastos é fazer a revisão dos contratos de serviços terceirizados de manutenção predial, como de bombas de água, elevadores e piscinas. “É importante comparar com gastos de prédios vizinhos com as mesmas características”, afirma Angélica Arbex, da Lello.

Segundo a gerente, é muito importante que os condomínios revejam as contas neste período do ano. “Porque no começo do ano seguinte ocorre a assembléia geral ordinária em que é feita a aprovação do período anterior e a previsão do orçamento do próximo ano”, diz. “Mas tem de se pensar primeiro na qualidade dos serviços, e não querer baixar o condomínio a qualquer custo”.

Como economizar

Folha de pagamento– Síndicos devem ficar atentos à quantidade de horas extras. Caso o zelador, que recebe o maior salário do condomínio, esteja fazendo muitas horas, pode ser viável a contratação de um folguista.

Consumo de água, luz e gás- Normalmente as despesas desses itens somam entre 20% a 25% do total de gastos do condomínio. Caso a fatia esteja muito acima disso, é sinal de desperdício. Para reduzir o consumo, o recomendável é checar se há vazamentos ou curtos-circuitos. A monitoração diária do consumo pode prevenir o desperdício. Campanhas de conscientização dos moradores para economia também podem funcionar. A instalação de redutores e trocas de válvulas, torneiras e fiação também podem gerar economia futura.

Terceiros- Despesas com empresas terceirizadas de manutenção podem ser renegociadas a qualquer momento.

 

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