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Russos são reservados e não ligam para Copa do Mundo

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Se você encontrar em São Paulo um grupo de russos assistindo aos jogos da Copa do Mundo, com camisas e bandeiras, torcendo e comemorando a cada gol, fique sabendo: você está presenciando um fato totalmente inusitado.

Bandeira da Rússia (Foto: shutterstock)

Eles podem até dividir o coração entre Brasil e Rússia, mas não quando o tema é futebol. Preferem deixar o entusiasmo para os brasileiros, mesmo que seu país de origem seja a sede do Mundial. A única vantagem que enxergam na competição é o maior interesse das pessoas pela cultura russa.

A estimativa do governo brasileiro é de 200 mil russos (fora os descendentes) vivendo no Brasil, a maioria na Capital Paulista. A concentração maior é no bairro Vila Zelina, onde estão aproximadamente 15 mil russos e descendentes. Mooca, Broklin e Moema também têm população russa considerável.

A professora de russo Snizhana Maznova chegou ao Brasil em 2006, onde fundou o Clube Eslavo, que trabalha com cursos do idioma e traduções em São Paulo. “Realmente a gente não assiste muito futebol. Pode ser que alguns amigos se juntem para algum jogo, mais com o objetivo de se encontrar do que assistir”, comenta ela, que não revela a idade.

Segundo Snizhana, os russos são mais fechados e quietos do que os brasileiros. “No início é difícil se adaptar ao povo que abraça e beija todos ao redor, fala alto sobre todos os detalhes da vida e sempre atrasa. Mas depois de um tempo todos começam amar Brasil”.

A advogada Vera Gers Dimitrov, de 27 anos, mora na Vila Zelina. Nasceu no Brasil e sua família (os pais são russos) tem uma associação cultura russa há 35 anos na Cidade.

“Os russos têm um coração muito grande e muita conexão com o povo brasileiro. Uma das características em comum é a generosidade. Em um primeiro momento, os russos aparentam ser frios, mas não são bravos. É um povo alegre”, afirma.

Preservar a cultura

Se a população russa não faz do futebol uma festa, programa eventos para manter a cultura e as tradições do país natal. “As pessoas mais velhas se encontram na igreja (ortodoxa). Uma vez por mês tem feira de países do Leste Europeu na Vila Zelina. Lá, pode-se encontrar barracas com comida e artesanato russos”, explica Snizhana.

Vera comenta que a religião é um vínculo importante com a cultura, assim como o idioma, que procuram preservar. “A comunidade é muito ativa culturalmente. São almoços, jantares, filmes, exposições e festas em datas comemorativas”.

Comidas e bebidas

Pelmeni (massa fina com recheio de carne picada), pirojki (pequenos pastéis) com vários tipos de recheio, pepinos curtidos e legumes em geral não faltam na mesa do russo. Prato leve? A borsch, ou simplesmente sopa de beterraba. Já entre os doces estão pão de mel, tortas e tudo que leve muito creme de leite.

“Falam que a bebida tipica é vodka, mas os jovens já faz tempo preferem cerveja e vinho. Também tem uma bebida parecida com cerveja, mas sem álcool, que se chama kvas”, lembra Snizhana.

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