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Nossa Senhora do Design

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Marva na cadeira Barcelona reinventada pelo brasileiro Wagner Arechella, designer apresentado por ela na edição de 2004 do Salão Satélite. Ela usa pulseiras feitas pelo arquiteto e designer italiano Gaetano Pesce (Foto: Ernesto Rodrigues)

Marva na cadeira Barcelona reinventada pelo brasileiro Wagner Arechella, designer apresentado por ela na edição de 2004 do Salão Satélite. Ela usa pulseiras feitas pelo arquiteto e designer italiano Gaetano Pesce (Foto: Ernesto Rodrigues)

Difícil ficar indiferente à presença da americana Marva Griffin Wilshire. Dona de uma elegância genuína, muito bem cultivada em seus quase 15 anos de Milão, ela aparenta ser aquele tipo de pessoa a quem tudo interessa. Também, pudera. Diretora de relações de mídia internacional do Salão do Móvel de Milão e membro do Conselho de Design e Arquitetura do MoMA, em Nova York, ela dá a impressão de estar sempre à caça de novidades para compor o elenco de seu Salão Satélite, uma plataforma de lançamento para jovens designers de todo o mundo.

Em visita à Cod, loja recém-inaugurada em São Paulo, ela falou com o Casa& sobre juventude e design. 

Do que depende hoje o sucesso de um profissional no mercado internacional de design? Além de fazer da inovação um dado permanente a seus projetos, uma noção de marketing pessoal é necessária. E, claro, uma boa dose de sorte. Sem ela não se vai muito longe. 

O que representa para um jovem designer tomar parte do Salão Satélite? A oportunidade de vivenciar todos os elos do sistema design: não apenas a produção, mas também a veiculação de seus produtos – o que é tão importante quanto.

O que é preciso para que um projeto salte a seus olhos? Antes de qualquer coisa, que seja inovador. E depois, que saiba sustentar, em todas as fases de sua construção, esse princípio. E se for esteticamente interessante, aí se torna irresistível. 

Existe algo em especial que caracterize o trabalho dos designers brasileiros? Sem dúvida. São dados muitas vezes subjetivos, nem sempre claros para vocês: a sensualidade do desenho, o padrão de organização anárquico, quase insólito, a inspiração na natureza.

O Salão do Móvel de Milão completa 50 anos em 2010. O que ainda faz da cidade um foco de atração para designers de todo o mundo? Seria simplificar demais falar apenas da poderosa indústria local. Na verdade, ela só é o que é em função de outras características que lhe dão sustentação e estrutura. É o caso da tradição artesanal aplicada e do mercado editorial lá instalados. Mas fato é que Milão ainda é o único lugar do mundo onde o sistema design pode ser vivido em sua totalidade.

O que você pensa do discurso das tendências? Da necessidade de os consumidores se sentirem sempre atualizados em seu modo de viver? Essa é uma referência que vem da moda. E como o design está cada vez mais conectado a ela, vamos continuar atentos. Nesse sentido, eu diria que o uso da cor – em oposição ao branco, ao preto e às tonalidades neutras – é hoje a grande tendência. Até mesmo o estilista Giorgio Armani, que atravessou décadas na neutralidade, hoje exibe vitrines multicoloridas. Porém, no design, o mais importante não são as tendências, mas sim as direções: um conjunto de procedimentos que definem o padrão de produção. E não restam dúvidas: o caminho é rumo à sustentabilidade.

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