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Lançamentos imobiliários diminuem 73% em Porto Alegre

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Porto Alegre recebeu, no primeiro quadrimestre do ano, 1.410 unidades a menos do que o mesmo período de 2013, diferença que representa uma queda de 73%. Comparado a anos anteriores, o número de lançamentos já vinha em linha decrescente, mas nunca tão drástica. Ainda assim, analisando as unidades novas em estoque em maio de 2013 e maio de 2014, também se nota uma redução, embora não acompanhe a retração de novos projetos (veja os dados abaixo). 

Segundo Ricardo Antunes Sessegolo, presidente do Sinduscon-RS, os números demonstram a dificuldade de aprovação de projetos na Capital, fazendo com que as construtoras investissem na venda de imóveis em estoque.

“Os números mostram que se está lançando menos em Porto Alegre, mas as pessoas ainda estão consumindo, o que se reflete na queda de unidades em estoque” explica.

A diminuição dos lançamentos ocorre principalmente por dois fatores, como detalha Ricardo Jornada, diretor comercial da Cyrela Goldsztein. Primeiro, uma tentativa, no primeiro semestre de 2013, de escoar estoques, que estavam altos, em comparação a anos anteriores. Dessa forma, diversos projetos foram postergados para o segundo semestre do ano, quando a Prefeitura Municipal passou a implementar novo sistema para qualificar e agilizar o licenciamento das edificações, o EdificaPOA.

“Com um número menor de lançamentos, os esforços de vendas se concentraram no escoamento dos estoques, o que refletiu nos preços médios praticados na cidade. Hoje, temos a sensação de que os preços estão caindo, mas isso é causado pela ausência de novos empreendimentos. Assim que os projetos começarem a ser liberados, no segundo semestre, os preços médios voltarão a aumentar, chegando ao patamar visto em 2013”, garante Jornada.

Os preços das unidades lançadas não devem baixar, seguindo a valorização do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção). Segundo Sessegolo, está difícil e caro conseguir bons terrenos nas regiões de interesse do comprador, além de ainda haver demanda.

“Se o preço do terreno não baixa, fica difícil baixar o preço do imóvel. O terreno equivale a 25% a 30% do valor de venda”, demonstra.

Com a atual conjuntura, algumas empresas estão aguardando para estimar expectativas para 2014.

“Estamos reavaliando o cenário frente Copa e eleições, juntamente com  as dificuldades de aprovação de projetos na Prefeitura, antes de definirmos as metas do ano”, afirma Leandro Melnick, presidente da Melnick Even.

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