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Eleições movimentam o mercado de aluguéis

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O período das eleições é aguardado principalmente pela oportunidade de eleger os candidatos ao próximo governo. No entanto, para o mercado imobiliário, os QGs eleitorais são uma forma de movimentar a economia por meio dos contratos de locação por temporada. É no QG eleitoral que os candidatos concentram suas rotinas, desde o momento pré-campanha, recebendo público, apoiadores, comitiva e até curiosos que buscam informações sobre as propostas de governo. Considerando a máxima de que “quem não é visto não é lembrado”, a escolha da localização do espaço torna-se importante ferramenta para contribuir com a fixação do nome e do número do candidato político.

“É o lugar para ouvir pessoas, colaborando com a construção do plano de governo. Uma boa localização, obviamente, facilita o acesso das pessoas ao local. Portanto, se for central e de grande visualização, melhor. Um espaço amplo para receber bem e causar boa impressão. Além disso, locais estratégicos facilitam a logística de distribuição de materiais”, afirmam Christine Bahia de Oliveira, jornalista professora da Feevale, e Leandro Utzig, jornalista, ambos com experiência em marketing político.

“O principal diferencial procurado é a localização. O imóvel ideal é aquele que proporciona uma boa visibilidade, em ponto estratégico e de grande movimentação. O espaço também é importante na hora da escolha do imóvel”, explica Bete Zimmermann, gerente de locação da Sperinde Imóveis, que acompanhou a intensificação das buscas dos candidatos por imóveis no último mês.

De acordo com Vinicius Wurdig, coordenador comercial e marketing da Leindecker Imóveis, os valores das locações podem variar de R$ 2 mil a R$ 20 mil por mês, dependendo dos recursos disponíveis para a campanha. “Muitas vezes, candidatos compartilham seus espaços e podem, juntos, investir mais”, esclarece. O contrato é diferenciado: é feito por temporadas de três a seis meses.

Os aluguéis de temporada nos meses que antecedem as eleições já fazem parte do planejamento da Morano Imobiliária e, por isso, alguns imóveis que normalmente correspondem aos requisitos procurados pelos comitês de campanha são selecionados e apresentados de maneira proativa para os partidos. Algumas vezes, construções com dificuldade de locação são ideais para esse fim.

“Nesses casos, é interessante para o proprietário um aluguel por um período tão curto. Buscamos candidatos que já tenham vivência na política, nomes reconhecidos, e antecipamos o pagamento do aluguel, para que o nosso cliente não tenha receios”, detalha Plínio Anele, diretor Comercial da Morano.

Para Marcelo Albert, diretor da Albert Imóveis, a localização do QG é estratégica: deve acompanhar o público eleitor que o candidato quer atingir. “Mas, comparando a movimentação com as eleições de 2010, percebo uma procura mais tímida dos políticos por imóveis”, comenta.

O que se exige do local
De acordo com Christine e Utzig, especialistas em marketing político, a localização e a visualização do QG traz efeito no resultado das eleições, embora outras formas de divulgação complementem o espaço.

“Ferramentas como pintura de paredes já não têm mais a importância de 20 anos atrás. Os meios de acesso a informações que influenciam a tomada de decisão são muito mais variados e segmentados para cada público, como redes sociais e mesmo a mídia eletrônica, como rádio e TV.”

Além disso, a postura do partido e da comitiva no QG faz a diferença, segundo os jornalistas. “Desrespeito às regras de convivência do condomínio ou mesmo da vizinhança, como muito barulho de som ou gritos de pessoas, causam péssima impressão. E mais: são diretamente ligados aos candidatos que representam. Cabe à organização de campanha zelar pela imagem do comitê, que representa o político e partidos”, defendem.

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