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Florêncio: tudo em ferramentas

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José Luis da Conceição/AEZap o especialista em imóveisSão mais de 60 lojas comtudo o que se pode imaginar em ferragens para ‘hobbistas’ ou profissionais

Não é só pela idade que tem ou pelo estilo colonial das fachadas de suas lojas que o comércio da Rua Florêncio de Abreu inspira experiência e conhecimento. Com mais de um século de tradição, a via das ferragens e ferramentas, além de oferecer uma completa e diversificada variedade de materiais e produtos do ramo, revela-se uma anfitriã de mão cheia para aqueles consumidores menos entendidos, também chamados de ‘hobbistas’ pelos comerciantes.

Lá, dizem os lojistas, não é preciso ir com aquelas nem sempre confiáveis listinhas com os nomes, marcas e modelos dos produtos que serão comprados. Basta relatar ao vendedor qual o problema a ser resolvido que ele indicará como e com quais ferramentas solucioná-lo. “O atendimento personalizado é a grande vantagem de quem vem comprar aqui. Nós realizamos, inclusive, a demonstração de como o produto funciona para o cliente antes da compra”, relata o sócio da De Meo Ferramentas, Fulvio Remo.

A rede, aliás, é uma das mais tradicionais da região e conta com quatro lojas somente na Florêncio de Abreu. Na unidade do número 271 da rua, cuja linha de produtos é mais voltada aos consumidores finais – sejam eles hobbistas ou profissionais, como marceneiros e eletricistas -, é possível encontrar desde furadeiras, lixadeiras e cortadores de grama até ferramentas menores. Uma furadeira Bosch modelo 113 C, por exemplo, recomendável para uso profissional e doméstico custa R$ 240, com financiamento em até dez vezes no cheque ou no carnê.

Embora as vendas por telefone já representem quase 80% do total em muitas lojas, o atendimento no balcão ainda é priorizado pelos lojistas. “A gente vê o balcão como o cartão de visita para os nossos clientes, independente da receita que isso nos dá. Por meio do balconista é que mostramos o conhecimento. Comprar aqui é uma consultoria. Essa é a diferença da loja no shopping”, explica Mário Roberto Rizkallah, sócio da Casa da Bóia, a mais antiga das lojas na Florêncio de Abreu.

Com uma linha completa de metais não ferrosos – cobre, latão, bronze e alumínio – e materiais hidráulicos, a loja do número 123 da rua é referência na região. Entre os produtos com maior giro estão o tubo de cobre (3/4) para instalação de água ou gás residencial (R$ 19,30 o metro), registro da linha Decca (R$ 44,30), fio de alpaca para ornamentos ou bijuterias (R$ 78,84 o quilo), e a grande novidade do mercado, um eliminador de ar de hidrômetro (R$ 82,90 o modelo airlock), que reduz em até 40% a conta de água, segundo o seu fabricante.

Diversidade

Da estação da Luz, na esquina com a Rua Mauá até o Largo São Bento, a Florêncio de Abreu concentra cerca de 60 lojas especializadas no comércio de ferramentas e ferragens. No trecho antes do seu cruzamento com a Avenida Senador Queirós, destaca-se o comércio de miudezas, desde pregos, parafusos, porcas e arruelas, que podem ser encontradas por preços oferecidos à indústria na loja AMM Parafusos (número 726 ), até fechaduras e cadeados (à venda no 857 a partir de R$ 22 e R$ 47, respectivamente).

Mas, além dos hobbistas e dos profissionais autônomos, o comércio da Florêncio de Abreu atende também a uma grande fatia das indústrias do setor. É nesse segmento que as lojas especializadas em bombas elétricas, instrumentos de medição, válvulas, correias e polias se apóiam. “Nós trabalhávamos com ferragens, mas já faz 25 anos que nos especializamos na venda de bombas”, afirma o sócio da Ahmar Bombas (número 637), Georges Ahmar. Seus principais clientes, conta, são indústrias, construtoras e até condomínios residenciais.

Lojas como a Acepil (no 637), por exemplo, especializada em instrumentos de medição, fazem com que a Florêncio de Abreu seja uma referência no setor no exterior. “Vem gente da Bolívia e do Paraguai comprar aqui. Eles ficam nos conhecendo lá fora”, afirma.

 

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