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Imóveis na zona norte do Rio têm valorização de quase 60%

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Apesar de as regiões do Leblon e Ipanema ainda contarem com os imóveis mais caros do país, as maiores valorizações de preços no Rio de Janeiro estão distantes dali.

Rio de Janeiro ainda conta com o metro quadrado anunciado mais caro do país, com R$ 9.424, em média (Foto: Banco de Imagens / Think Stock)

Em um período de um ano (julho de 2012 a julho de 2013), o metro quadrado que mais registrou aumento está localizado em bairros da zona oeste e da zona norte da capital fluminense.

Segundo dados do Índice FipeZap, obtidos com exclusividade pelo ZAP Imóveis nesta sexta-feira, os imóveis que tiveram as maiores altas nos preços ficam no bairro da Penha, situado na zona norte carioca, que sofreram uma valorização de 57% no intervalo analisado.

Somente no mês de julho, os valores do metro quadrado naquele lugar cresceram 17% em relação a junho.

Também na parte norte da cidade, Madureira foi o segundo lugar que registrou as maiores valorizações nos preços. Lá, a alta foi de 41%. Logo em seguida, Vargem Grande, na zona oeste, completou a lista das três cidades com as principais altas nos preços, com 39%.

Para o coordenador do FipeZap, Eduardo Zylberstajn, essas regiões vêm se valorizando desde 2012 por estarem recebendo investimentos em infraestrutura e segurança pública.

“É muita coisa [este aumento]. Para se ter uma ideia, a média de valorização do metro quadrado no Rio de Janeiro é de cerca de 15% ao ano. Então, isso mostra mais uma vez que o Rio vem passando por esse fenômeno de descentralização”, analisou.

Somente em 2013 (julho em relação a dezembro), a zona norte carioca também se destaca entre os lugares com os maiores reajustes de preços. Apesar de o bairro de Bangu (zona oeste) liderar as altas neste ano com 48%, Brás de Pina, com 45%, e Água Santa, com 38%, estão entre os locais onde os investidores se deram melhor até agora.

“Notamos que os maiores aumentos nos preços estão cada vez mais fora das regiões mais valorizadas. E, um dos motivos, com certeza, é a diminuição da violência nestes locais”, completou.

Pelo País – O Índice FipeZap de julho apontou que houve aumento de 1,1% nos preços anunciados do metro quadrado em maio em relação ao mês anterior.

É a sétima alta seguida anotada em 2013. Com isso, a variação acumulada no ano ficou em 7,3%. Com isso, a alta nos valores dos imóveis é cerca de 2,3 vezes maior do que o aumento médio dos preços da economia como um todo.

Das 16 cidades cujos preços são monitorados, Curitiba teve a maior alta no mês (3,7%), impulsionada pelos bairros de Água Verde e Bigorrilho.

“Estes lugares têm um peso maior no índice e, por isso, puxaram a média da cidade paranaense para cima. Mas, temos de entender que é um cenário de recuperação. No ano passado, Curitiba estava muito abaixo da média nacional”, explicou Zylberstajn.

Nos últimos 12 meses, além da capital do Paraná, onde os imóveis valorizaram 19,6%, os destaques foram Rio de Janeiro (+15,4%), Niterói (+14%), São Paulo (13,9%) e Porto Alegre (13,3%), com as maiores altas nos preços médios do metro quadrado anunciado.

Já o preço médio do m2 anunciado ficou entre R$ 9.424 (Rio de Janeiro) e R$ 3.646 (Vila Velha). Em São Paulo foi de R$ 7.361 e a média nacional foi de R$ 6.900.

Bairros – Ainda segundo o Índice FipeZap, o bairro do Leblon, no Rio, permaneceu com o rótulo de bairro mais caro do país. Lá, são cobrados R$ 22.234 por metro quadrado, em média.

Em segundo lugar, ficou o distrito de Ipanema, também em território carioca, com R$ 18.804. A região mais barata ficou por conta da Pavuna, com R$ 1.952.

Já em São Paulo, os imóveis mais caros estão localizados no bairro da Vila Nova Conceição, zona sul da Capital, com média de R$ 13.025 por m², pouco acima dos R$ 11.394 anunciados no Jardim Paulistano, a segunda metragem mais valiosa na cidade.

Em contrapartida, no distrito de Artur Alvim (zona leste) foram encontrados os preços mais acessíveis: R$ 3.336.

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