Mutuário: entenda o que significa o termo

Você sabia que, ao solicitar um financiamento imobiliário, você se torna um mutuário? Esse é um termo mais “burocrático”, presente nos contratos de empréstimos.
Esse título vem com muitas vantagens, mas também com uma série de nuances e responsabilidades que precisam ser considerados antes da contratação de crédito com uma instituição financeira.
Na prática, esse é um dos caminhos mais acessíveis para alcançar o sonho de adquirir um imóvel. Por isso, se você também pensa em contratar um financiamento, precisa estar preparado para avaliar as propostas.
Isso inclui a compreensão de termos como mutuário, sobre o qual vamos falar ao longo deste conteúdo. Vem entender tudo sobre esse título.
O que é mutuário?
Mutuário é o termo utilizado para se referir a pessoa que recebe um empréstimo de instituições financeiras.
Esse indivíduo se responsabiliza por reembolsar a quantia emprestada, de forma parcelada dentro de um período previamente acordado.
Portanto, se você solicitar um financiamento imobiliário, você receberá esse título no contrato e deverá arcar com o pagamento das parcelas para “devolver” o valor do crédito fornecido pelo banco.
Qual é a diferença entre mutuário e mutuante?

As duas palavras descrevem uma parte de um contrato mútuo: enquanto o termo mutuante se refere a instituição financeira responsável por conceder o empréstimo, o mutuário representa a pessoa que recebe esse crédito.
Vale esclarecer que um contrato mútuo é aplicado no caso de transações que envolvem coisas fungíveis. Ou seja, bens que podem ser substituídos por outros iguais a eles.
É o caso do dinheiro concedido pelas instituições em financiamentos: o montante é um bem que pode ser utilizado e depois devolvido na mesma espécie e quantidade.
Essa relação sempre é definida com base contratual, com informações claras sobre a operação para assegurar a transparência e a segurança para ambos os envolvidos.
A operação está prevista no artigo 586 do Código Civil, que descreve a modalidade de contrato e estabelece a obrigatoriedade de restituição do bem concedido pelo mutuante.
Como o contrato de mutuário funciona?
Em termos simples, esse tipo de contrato consiste na formalização de uma operação de crédito, em que ocorre o empréstimo de um determinado valor para compra de um bem.
No documento, que é a peça central do financiamento, ficam determinadas as responsabilidades e os direitos de todas as partes envolvidas – instituição que concede o crédito e beneficiário.
Dentre as informações descritas, é possível encontrar:
- valor do empréstimo;
- prazo para o pagamento;
- condições de pagamento;
- juros e taxas envolvidos, assim como o CET (Custo Efetivo Total).
Todas as cláusulas devem estar claras, assim como o detalhamento de cada taxa que incide sobre a operação, inclusive a cobrança de multas em caso de atraso no pagamento. Isso ajuda a evitar erros de interpretação, golpes e conflitos.
Lembre-se de conferir essas informações para tomar decisões mais alinhadas com suas necessidades financeiras. Além disso, compare as especificidades de diferentes linhas de crédito para encontrar a mais vantajosa para você.
Vantagens e desvantagens de ser mutuário
Em geral, operações de crédito apresentam muitos benefícios, mas também trazem alguns pontos de atenção. É importante lembrar que você terá o dinheiro em mãos rapidamente, mas deve pagar a mesma quantia depois.
Por isso, analisar as propostas e ter um planejamento são passos fundamentais para evitar surpresas ou problemas para arcar com as despesas no futuro.
Conhecer as vantagens e desvantagens do processo faz toda a diferença nessa avaliação, então separamos alguns pontos positivos e negativos do contrato mutuo.
Vamos começar pelas vantagens:
- segurança jurídica do contrato mútuo;
- pagamentos graduais de forma parcelada;
- construção de um patrimônio a longo prazo;
- condições mais acessíveis para a compra de um imóvel.
Para avaliar com precisão o contrato, também é importante conhecer as desvantagens da operação. Alguns pontos negativos são:
- comprometimento financeiro;
- pagamento de taxas de juros;
- risco de inadimplência, que pode levar a penhoras e processos jurídicos.
Direitos do mutuário em inadimplência
Caso o contratante do financiamento enfrente problemas com inadimplência, ele tem alguns direitos que podem ajudá-lo a reverter a situação.
Um desses direitos é a possibilidade de negociar a dívida diretamente com a instituição. Em algumas situações, o mutuante pode oferecer condições especiais de pagamento ou um plano ajustado para solucionar a inadimplência.

Em casos de contratos com alienação fiduciária, a inadimplência pode levar a perda da propriedade, portanto é necessário maior atenção.
Isso porque o imóvel fica como garantia para a instituição financeira até a finalização do pagamento do valor emprestado.
Se houver um atraso de mais de 30 dias no pagamento de uma das parcelas, o banco é permitido a levar o imóvel a leilão.
Conclusão
O financiamento é uma maneira de tornar o sonho da casa própria mais acessível, mas é fundamental conhecer os termos do contrato e estar ciente das vantagens e desvantagens da operação antes de fechar negócio.
Quando bem compreendido, o crédito imobiliário torna-se um grande aliado no processo de aquisição de um imóvel.
Entender os termos por trás do contrato é o primeiro passo, mas é preciso ir além e avaliar com muita atenção as propostas oferecidas por cada instituição financeira.
Além disso, é importante analisar a sua capacidade de investimento e definir um planejamento financeiro com um orçamento compatível para evitar problemas com inadimplência no futuro.
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