Veja o guia de planejamento financeiro para conquistar a casa nova
O imóvel é o bem mais valioso que a maioria das pessoas terá na vida. E não tem jeito, para conquistá-lo é necessário dinheiro. E não é pouco. Mesmo para quem vai financiar, nunca é demais lembrar: é preciso dar uma boa entrada – geralmente os bancos exigem de 20 a 30% – e ter renda suficiente para quitar as parcelas mensais. E sempre acontece de ter de investir algum na reforma e adequação do imóvel. Já que mais de 80% da população têm um orçamento apertado e pouco sobra para poupar, o jeito é ter disciplina e planejamento financeiro para conquistar a casa nova. “A gente estuda em Economia que a pessoa tem um ciclo de vida que está relacionado à renda e gastos. Quando é jovem, tem renda pequena e, com os gastos, não poupa. Vai poupar com 30, 40, 50 anos. Geralmente é o período em que a pessoa está ganhando mais”, explica o economista e professor universitário Luciano Nakabashi.
Para ele, determinar um valor geral para poupar é difícil, porque vai depender da situação de cada um. Se tem filhos pequenos ou na faculdade, se o cônjuge trabalha ou não, por exemplo. “O ideal é que a pessoa gaste menos do que ganha para atingir seu objetivo, especialmente entre os 30 e 60 anos, porque depois perde a capacidade de trabalho e terá gastos maiores”, diz Nakabashi.
De qualquer maneira, o banco não financia 100% do imóvel e bloqueia o empréstimo se a parcela comprometer mais de 30% da renda familiar. Esse é um bom número para começar a juntar. Passe a fazer isso hoje, mesmo que o seu desejo seja comprar a casa daqui a 10 anos.
“É interessante ter uma certa disciplina, guardar dinheiro. Quando a pessoa fizer o financiamento vai comprometer parte da renda, ter gastos iniciais com reforma do imóvel, sendo novo ou usado. Não pode gastar tudo com entrada e ficar sem nada. É bom manter o hábito de poupar”, aponta Nakabashi.
Professor universitário na área de economia e negócios, George André Willrich Sale, mestre em Contabilidade e doutor em Administração de Empresas, vai na mesma linha. “Sabemos o quanto é difícil atingir esse nível de poupança mensal, mas uma família que tenha esse comportamento de retenção certamente conseguirá passar pelo processo de aquisição de um imóvel de forma mais perene”.