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Minha Casa, Minha Vida aumenta a diferença entre o custo do financiamento de um imóvel novo e um usado

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Rio de Janeiro – O programa habitacional do governo Minha Casa, Minha Vida, cujas inscrições começaram esta semana, aumentou a diferença entre o custo do financiamento do imóvel novo e usado com preço até R$ 130 mil, sobretudo para as famílias de menor renda. Os principais motivos são o fim do seguro habitacional e o aumento do subsídio (desconto no valor do imóvel), que foram incluídos no programa e só valem para as moradias novas.

Para quem ganha até seis salários mínimos (R$ 2.790), o subsídio subiu para até R$ 23 mil na compra de um imóvel novo financiado. A média anterior de desconto ficava entre R$ 3.500 e R$ 10 mil.

Para o financiamento do imóvel usado, o subsídio só é concedido a quem ganha até R$ 1.875 e o desconto é muito inferior, na faixa de R$ 6 mil. Essa vantagem é reforçada pela eliminação da cobrança do seguro habitacional para quem compra um imóvel novo e ganha até dez salários mínimos (R$ 4.650). Seu impacto pode chegar a 18% da prestação.

Veja essa diferença em um exemplo prático. Se um mutuário com renda de R$ 1.600 comprar um imóvel novo de R$ 80 mil financiado em 300 meses (25 anos), recebe um subsídio de R$ 19.915,00, paga prestação de R$ 450,63 em 300 meses (25 anos), com juros de 5% mais TR, sem precisar dar entrada. Se o interessado tiver conta do FGTS há mais de três anos, também não é preciso dar um sinal, o abatimento no valor a financiar seria o mesmo, mas a taxa cairia para 4,5% mais TR, e a prestação ficaria em R$ 425,60.

No financiamento do imóvel usado, o subsídio cai para R$ 2.080, a prestação fica em R$ 480,01, com juros de 5% mais TR, mas é necessária uma entrada de R$ 17.822,19 . Se o interessado tiver conta no FGTS há mais de três anos, é preciso dar uma entrada de R$ 14.416,83 e a prestação também é de R$ 480,01. Neste dois casos, o valor mensal do seguro habitacional equivale a 8% da prestação, R$ 38.

No exemplo, a diferença do subsídio no financiamento de um imóvel novo e um usado de mesmo valor é de até R$ 17.822,19. Na prática, é como se o governo pagasse a entrada do imóvel novo e reduzisse o valor financiar neste caso. Com isso ainda há um acréscimo entre R$ 30 e R$ 50 no valor da prestação do imóvel usado, que ao longo de 25 anos, soma entre R$ 9 mil e R$ 15 mil no custo total da unidade.
Vale lembrar que para obter crédito imobiliário em qualquer das condições citadas acima é exigido que não se tenha outro imóvel ou financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Nestes casos, também é permitido o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como entrada ou para amortecer a dívida.

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